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julho 30, 2010

Brasil fará convênio com Equador para proteger ilhas

Escrito por: Luana Lourenço - 29/07/2010 - Agência Brasil*


O governo brasileiro deve assinar um acordo de cooperação internacional com o Equador para preservação do Arquipélago de Galápagos. A ideia, segundo o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, é fazer um intercâmbio de experiências de conservação entre o arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha e as ilhas que foram cenário principal dos estudos do naturalista britânico Charles Darwin.

“Vamos dividir e compartilhar soluções. Levar nossa experiência em Fernando de Noronha e conhecer o que tem sido feito em Galápagos”, disse Mello, que, no entanto, não especificou quando o convênio será assinado.

Com o acordo, os dois países também pretendem pleitear mais recursos internacionais para conservação das ilhas. “A conservação de Galápagos deve ser um compromisso de todos os países e não responsabilidade apenas do Equador”.

Por decisão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Arquipélago de Galápagos deixou hoje (28) a lista de patrimônio que está em perigo.

A retirada foi proposta pelo Brasil e aprovada por 14 votos a 5 pelo comitê da Unesco, que está reunido em Brasília até a próxima semana. Galápagos estava na lista de patrimônio em perigo desde 2007 e, caso permanecesse, corria o risco de perder o título de patrimônio natural, já que uma das condições para que um sítio seja considerado patrimônio da humanidade é a capacidade que o país tem de conservá-lo.

“Era uma alerta que não estava trazendo efeitos positivos. Tiramos as ilhas da condição de perigo e nos comprometemos a garantir cooperação para preservar".

Durante a reunião da Unesco, o ICMBio assinou convênio com a União Internacional para a Conservação da Natureza para melhorar a avaliação e definição de planos de ação para espécies ameaçadas.

*Agência Brasil

julho 16, 2010

A onda dos telhados verdes

Os telhados verdes também são conhecidos como cobertura viva, cobertura vegetal ou telhados vivos. Eles, no geral, não precisam de manutenção: não exigem poda, não precisam de adubação e não requerem irrigação intensiva. Fonte: Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea)

Temperaturas mais amenas no verão e no inverno, isolamento acústico, economia de energia, redução das ilhas de calor nos centros urbanos, diminuição da quantidade de água escorrendo pelas ruas em dias de chuva forte, ar menos poluído. Essas são as vantagens de instalar, no alto de casas e prédios, os chamados telhados verdes – que são canteiros produzidos especialmente para essa área da edificação. A ideia não é nova, afinal já no século XIX eram comuns as cabanas feitas com teto coberto de gramíneas nos Estados Unidos. Desde a década de 1960, a Europa também adotou a moda. Mas há poucos anos ela começou a se espalhar de verdade e ganhar terreno nas grandes cidades, locais que mais lucram com essa iniciativa.

Tradicionalmente, um telhado verde é feito em camadas. Mais próximo da base, fica a membrana impermeável, para evitar que a água das chuvas penetre no telhado e provoque infiltrações ou vazamentos. Logo acima, a camada que vai armazenar parte da água das chuvas, que será usada pelas próprias plantas como reserva. Em cima vem a camada de terra, que pode variar em espessura. Esta camada torna o sistema bastante pesado e, por isso, é imprescindível analisar a estrutura da obra antes de qualquer implantação. Por último, vem a camada de plantas – e as espécies podem ser diferentes para cada região.

No telhado verde a cobertura vegetal isola o ambiente, impedindo a entrada de calor no verão e a saída de calor no inverno. Não há riscos de a casa ficar mais gelada nas épocas frias. (arte: Paulo André Vieira)

É importante lembrar, sempre, que não basta pegar um monte de terra e umas sementes e jogar no telhado. O primeiro passo para construir um telhado verde em sua casa é contratar um engenheiro que avalie a estrutura da obra, para saber se ela comporta o peso que será acrescentado lá em cima. Se você estiver construindo a casa, não há nenhum empecilho. A princípio todos os telhados podem ser verdes, se forem construídos com esse intuito. “Se a casa já existe é mais difícil a adaptação, porém não é impossível. Cada caso é diferente, mas para tudo há uma solução de engenharia”, afirma Diacuy de Mesquita Filho Crema, engenheira florestal e especialista em paisagismo. Segundo ela, as maiores dificuldades se devem à parte estrutural da casa, “isto é, se a estrutura aguentaria o peso de um telhado verde”.

Mais leve

Para atender à demanda de quem já tem sua casa construída, mas gostaria de usufruir dos benefícios de um telhado verde, algumas opções interessantes têm surgido. Um dos exemplos é o telhado verde alveolar patenteado pela empresa Ecotelhado, de Porto Alegre (RS), que chega a ser quase dez vezes mais leve que os tradicionais. O segredo para a leveza? Eles não usam terra e sim um sistema com todas as características que a terra tem e que são fundamentais para a planta: lugar de fixação, aeração, acúmulo de água e nutrientes, mas sem seu peso.

“Há seis anos desenvolvemos o módulo do ecotelhado, que se mostrou muito prático”, diz o engenheiro agrônomo João Manuel Feijó, um dos diretores da empresa e presidente da Associação Telhado Verde Brasil. O esquema é muito parecido com o tradicional, em linhas gerais: primeiro há uma membrana anti-raízes. Logo depois, uma membrana para retenção de água, feita de material PET reciclado. Acima, uma membrana filtrante, que não permite a passagem de sujeira para baixo. Por fim, o substrato, em que se pode plantar qualquer espécie. “Costumamos sugerir uma mistura de espécies. Assim, a mais resistente predominará ao passar dos anos”, explica João Manuel.


Mesmo nesse caso, em que o peso não será problema para o telhado verde – as membranas pesam cerca de 60 quilos por m², então é aconselhável que o telhado seja vistoriado antes do início das obras, para evitar problemas de vazamento e infiltrações. Os preços para a implantação desse tipo de telhado é de cerca de R$ 90 por m².

O modelo mais leve desenvolvido pela Ecotelhado: 1.Membrana Anti-raízes Ecotelhado (PEAD 200 micras); Membrana Alveolar Ecotelhado (2 cm) - Retem água e por baixo forma canais drenantes; Membrana de Retenção de Nutrientes Ecotelhado; Módulo Ecotelhado (8 cm) - Evita a erosão, evita a compactação e faz a aeração do substrato; Substrato Leve Ecotelhado (1 cm ou mais).

Ilha de calor

Em São Paulo, o prédio da prefeitura, construído na década de 1970, tem a maior biocobertura da cidade.

Além dos benefícios aos moradores da casa, que ouvirão menos barulho e sentirão menos calor – sem contar na redução da conta de energia, já que o ar condicionado vai ficar desligado –, o telhado verde é também uma boa alternativa para reduzir a poluição e a temperatura nas grandes cidades. Uma pesquisa feita em convênio com a Universidade de São Paulo (USP) pelo arquiteto alemão Jörg Spangenberg mostra que o custo compensa as vantagens. Em sua pesquisa, ele comprovou que a utilização em larga escala dos telhados ecológicos poderia diminuir em 1°C ou 2°C a temperatura nos centros urbanos.

Uma simulação feita pela Environmental Protection Agency (EPA), nos Estados Unidos, provou que se conseguirem aumentar em 5% a extensão de áreas verdes em Los Angeles, uma cidade norte-americana, construindo telhados verdes, haverá uma redução da temperatura, nos dias mais quentes do verão, de mais de 2°C. E não só isso! A poluição também seria reduzida, em torno de 10%.

Em países europeus como a Alemanha e a Suíça há leis que obrigam ao menos uma parte dos telhados das novas edificações a serem plantados. Assim, eles absorvem a água da chuva e cumprem a função da terra que o asfalto impediu. Além, claro, dos benefícios ao ar. No Brasil, há tentativas no mesmo sentido – apesar de os telhados verdes não serem os mais contemplados. Na cidade de São Paulo, o vereador Goulart apresentou o Projeto de Lei 615/2009. O objetivo é que a população pinte os telhados de suas casas de branco, para reduzir os efeitos do aquecimento global.

Pintado de branco

A proposta do vereador paulista se baseia na campanha One Degree Less, lançada pela organização Green Building Council Brasil. A meta é reduzir a temperatura global em 1°C e, para isso, as pessoas deveriam apenas pintar seus telhados de branco. Essa é, de fato, uma solução intermediária para quem não tem condições financeiras ou simplesmente não quer montar um jardim no telhado de casa.




Com essa iniciativa, a luz solar que incide na construção será refletida em maior quantidade, amenizando a temperatura dentro de casa e evitando o uso de ar condicionado ou ventiladores durante os dias mais quentes do ano. A economia de energia evita a emissão de CO², um dos gases do efeito estufa. Assim, não apenas o ambiente interno é beneficiado, mas o entorno também ganha.

Mas neste caso há um porém. “Pintar a face externa do telhado na cor branca aumenta a reflexão para o exterior da radiação solar incidente. Isso quer dizer que se reduz o ganho de calor por esse processo tanto no verão quanto no inverno”, afirma Luiz Carlos Chicherchio, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi. Por isso, se a casa é muito gelada no inverno, pode ficar um pouquinho mais fria.

Segundo a organização norte-americana Environmental Energy Technologies Division, os revestimentos brancos conseguem refletir entre 70 e 80% da energia do sol que chega ao telhado. E diminuem o uso de ar condicionado em até 20%. Para pintar o telhado de branco não é necessário autorização de um especialista nem vistoria anterior. Qualquer pessoa, com uma lata de tinta nas mãos, pode fazer sua parte.
Lúcia Nascimento
17 Jun 2010, 14:43

Artigo propiedade do site: http://www.oeco.com.br/reportagens/24075-a-onda-dos-telhados-ecologicos

Visite meu blog: http://futurosustentavel.blogspot.com/

julho 07, 2010

Avião a energia solar faz teste de voo de 24 horas na Suíça

Uma equipe suíça que planeja dar a volta ao mundo em um avião movido a energia solar começou nessa quarta-feira um voo-teste de 24 horas.

O avião Solar Impulse decolou na cidade de Payerne, na Suíça. O objetivo do teste é verificar se o avião mantém sua capacidade de voar durante toda a noite.

Células fotoelétricas nas asas devem gerar e armazenar energia suficiente para manter a aeronave no ar por 24 horas.

O avião, tripulado somente pelo piloto, pesa o equivalente a um carro de tamanho médio, e as asas, juntas, medem 61 metros de ponta a ponta.

Vejo o video fazendo click aqui.

março 08, 2010

Brasil busca projetos para redução dos resíduos eletrônicos

O indiscutível progresso que a eletrônica e informática trouxeram para a humanidade não esconde um outro fato igualmente patente: os avanços tecnológicos colocaram desafios importantes à sociedade, entre os quais a necessidade de ações e de políticas para garantir a destinação adequada dos resíduos eletrônicos ao fim de sua vida útil.

Com a rapidez da evolução e do aperfeiçoamento dos produtos, computadores e celulares, por exemplo, tornam-se obsoletos e são abandonados continuamente. Esses equipamentos, descartados em lixões, oferecem risco para a saúde humana e para o meio ambiente devido à utilização em sua fabricação de metais pesados e outros elementos e compostos tóxicos, incluindo o chumbo e o mercúrio.

Aproveitamento do lixo eletrônico - No Brasil, iniciativas isoladas buscam minimizar o problema. Uma das soluções para mudar essa realidade partiu do Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo (USP). A unidade inaugurou, recentemente, um centro de aproveitamento de lixo eletrônico (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática - Cedir) na Cidade Universitária. Para isso, um galpão de 400 m² foi adaptado para carga e descarga, depósito para categorização, triagem, destinação e adequação do material.

Entre os parceiros da USP está o Laboratório de Sustentabilidade do Massachusetts Institute Of Technology (MIT), dos Estados Unidos. Além da coleta dos resíduos, a ação resultou na aquisição de micros verdes, como são apelidados os PCs (computadores) fabricados sem chumbo e outros metais pesados; e a criação do selo verde, com certificação própria para identificar máquinas com material e funcionamento ambientalmente adequados.

Reciclagem x Inclusão social - Outra iniciativa de reciclagem de lixo eletrônico foi implantada pelo governo Federal a partir de 2004. O Projeto Computadores para Inclusão (Projeto CI) consiste numa rede nacional de reaproveitamento de equipamentos de informática, formação profissional e inclusão digital. Aparelhos descartados por órgãos do governo, empresas e pessoas físicas são recuperados nesses centros e doados a telecentros, escolas e bibliotecas de todo o País.

O projeto é coordenado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, que estabelece parcerias locais para a manutenção e funcionamento das unidades de recondicionamento. Já foram implantados centros nas cidades de Porto Alegre (RS), Guarulhos (SP), Belo Horizonte (MG) e Gama (DF).

Ainda na Capital Federal, a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) investiu no Projeto de Transferência de Tecnologia e Montagem de Computadores e Sistemas de Rede para Inclusão Social. A ação consistiu na capacitação de cerca de 400 pessoas da periferia, entre estudantes e desempregados, na cidade de Planaltina, a 38 km de Brasília. O grupo participou de um curso de manutenção e montagem de computadores e passou a recuperar equipamentos doados por instituições públicas e universidades. O trabalho foi realizado em parceria com o Instituto Novas Fronteiras da Cooperação (INSC), entidade com atuação na área social.

Projeto ambiental para o setor de eletroeletrônicos - O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI/MCT), em Campinas (SP), trabalha agora na estruturação e articulação de um novo projeto ambiental para o setor de eletroeletrônicos.

A proposta do intitulado Ambientronic é atuar em três frentes: apoio aos fabricantes na adequação de produtos, promoção do ecodesign e análise do ciclo de vida nas indústrias, e estímulo às indústrias de reciclagem para se adequarem às práticas internacionais.

"A grande questão é promover inovação com sustentabilidade. Como fazer uma coisa economicamente viável e socialmente interessante sem agredir o meio ambiente. Nesse ponto, podemos ajudar e dar suporte às empresas para que possam se adequar e elaborar produtos mais fáceis de reciclar", ressalta o chefe da Divisão de Qualificação e Análise de Produtos Eletrônicos do CTI/MCT, Marcos Pimentel.

Ele cita ainda como exemplo políticas adotadas na Europa e no Japão, em que a responsabilidade pelo recolhimento é geralmente do fabricante ou de quem colocou o produto no mercado.

"Mas isso também tem custos; nos países ricos quem acaba pagando é o consumidor ou, de alguma maneira, a indústria. É uma questão relativamente complexa no aspecto da logística, porque o lixo eletrônico não é um resíduo normal, é perigoso e contém elementos tóxicos. É preciso saber quem fará esse recolhimento, como descartar e dar o destino correto. Todos esses aspectos estão em discussão entre governo, academia, empresas e recicladores", conclui.

Além da questão técnica, Pimentel considera a falta de uma legislação adequada para a destinação dos resíduos eletrônicos um dos principais entraves a serem superados no Brasil. "Temos legislação especificamente para baterias, tanto que o índice de recolhimento passou a ser muito alto, mais de 95%, porque é obrigatório. Mas para eletroeletrônicos não existe. Um projeto de lei tramita, há muito tempo no Congresso Nacional e agora está sendo colocado na pauta. O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), responsável por encaminhar essas indicações, chamou novamente o grupo de trabalho e propôs um texto novo para enquadrar o segmento na Lei, dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos", informa.

Ambientronic - A mobilização para elaborar a proposta do Ambientronic iniciou, há dois anos, com o levantamento das informações e oficinas com vários segmentos relacionados com eletroeletrônicos.

Um dos resultados práticos foi o acordo firmado com a Associação dos Fabricantes de Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo). "Vamos elaborar um projeto-piloto para ajudar empresas desse setor a conseguirem a certificação de ambientalmente corretas. A partir do conhecimento adquirido, pretendemos estender para o setor eletroeletrônico, que é muito mais amplo", afirma José Rocha, responsável pelo Ambientronic no CTI.

O CTI trabalha em conjunto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para adaptar regras internacionais à realidade brasileira. "Os produtos ambientalmente não corretos acabam vindo para o Brasil. Precisamos ter um sistema de avaliação e preparar nossas empresas para exportar para Europa, por exemplo. Já temos quatro laboratórios candidatos a fazer esses ensaios, dentro do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), um deles creditado pela ABNT. A meta é ter as normas estabelecidas, até o fim do ano, para formalizar os convênios necessários porque o MCT não tem como atuar sozinho nesta questão", conclui Pimentel. (Fonte: Site Inovação Tecnológica)

 

 

Estudante de escola pública vence concurso internacional

Uma estudante pernambucana de escola pública venceu um concurso internacional de vídeos sobre a transformação do mundo e a mudança do clima.

Bruna Nascimento, 17, concorreu com quase 200 jovens de 50 países. Ela foi a única brasileira classificada no concurso. Além dela, outros três estudantes foram aprovados, dois dos Estados Unidos e uma da Letônia. Eles foram aprovados por uma comissão formada por cineastas e escritores, que avaliaram a criatividade, a originalidade e a qualidade do vídeo.

Ela ganhou uma viagem de 15 dias, em julho, para os EUA com todas as despesas pagas e um curso de vídeo e tecnologia.

O concurso foi lançado na internet no ano passado por um site americano. Ela tinha que fazer um trabalho sobre um tema que relacionava a transformação do mundo à mudança de clima. A estudante, que este ano vai cursar jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco, conseguiu traduzir a mensagem em um vídeo de dois minutos que ela mesma produziu. (Fonte: G1).

março 03, 2010

Ecuador busca apoyo de Irán para proyecto Yasuní

El vicepresidente de Ecuador, Lenin Moreno, viajó este martes a
Teherán con el propósito de lograr el respaldo del gobierno iraní al
proyecto ambiental Yasuní y para fortalecer las relaciones entre los
dos países.

En entrevista con BBC Mundo, Moreno señaló que se reunirá con el
presidente de Irán, Mahmud Ahmadinejad, y con miembros del gobierno
iraní y de la Asamblea Consultiva Islámica, para obtener un apoyo que
incluya el compromiso de entrega de un aporte económico "a este
proyecto que es símbolo de lo que debería ser la conservación del
planeta Tierra".

La iniciativa Yasuní persigue dejar sin explotar unos 850 millones de
barriles de crudo que se calcula existen en la reserva mundial de
biósfera de Yasuní, en la Amazonia ecuatoriana, siempre que la
comunidad internacional aporte el 50% de los más de US$6.000 millones
que obtendría Ecuador con la explotación de dicho petróleo.

El proyecto ambiental, que el gobierno ecuatoriano lanzó en 2007,
avanza en la creación de un fideicomiso con Naciones Unidas que
permita concretar los ofrecimientos económicos efectuados por Alemania
y España. A ello, el gobierno ecuatoriano espera sumar contribuciones
por parte de los países árabes y otras naciones de la región.

Usted ¿qué opina? ¿Es el proyecto Yasuní realista o utópico?

De allí que, después de su viaje a Irán, el vicepresidente Moreno se
desplazará a Emiratos Árabes y Turquía para promocionar la iniciativa
ambiental. A decir de Moreno, los países productores de petróleo,
entre ellos los países árabes, "tienen una enorme responsabilidad" en
la adopción de medidas de conservación del planeta.

Convenio con banco iraní

Pero además, el viaje del vicepresidente se produce a dos semanas de
que el Grupo de Acción Financiera Internacional (GAFI), organismo
intergubernamental que promueve políticas de lucha contra el lavado de
dinero y la financiación del terrorismo, colocara a Ecuador en la
lista de países con deficiencias en el desarrollo de tales políticas,
cuestionando, entre otras cosas, las relaciones del país andino con
Irán.

La decisión del GAFI observa la suscripción del convenio de
intercambio comercial establecido en diciembre de 2008 entre el Banco
Central de Ecuador y el Banco de Desarrollo de Exportaciones de Irán
(EDBI, por sus siglas en inglés), entidad que ha sido cuestionada por
el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas y el Departamento del
Tesoro de Estados Unidos por presunto financiamiento de proyectos de
armas nucleares desarrollados por Irán.

Al respecto, el vicepresidente Moreno defendió las relaciones de
Ecuador con Irán, al señalar que "no se puede prohibir a Ecuador el
comercializar con cualquier país del mundo", y reiteró que "por lo
menos seis países latinoamericanos mantienen relaciones con Irán".

"El informe del GAFI es totalmente desacertado, distorsionado, y lleno
de imprecisiones. Ecuador tiene un sistema contundente de lucha
frontal contra el terrorismo y el narcotráfico", manifestó Moreno.

No obstante, el vicepresidente dijo a BBC Mundo que "Ecuador podría
revisar" el convenio con el EDBI, aunque anotó que "primero tendrían
que explicarnos por qué no habríamos de utilizar ese mecanismo".

"Si es que Ecuador comprueba que ese banco realiza acciones ilícitas,
con toda seguridad esa relación no funcionará", afirmó Moreno.

Tras el acuerdo con el Banco Central ecuatoriano, el banco iraní había
adelantado gestiones para el establecimiento de una sucursal bancaria
en Quito. Dichos trámites no han prosperado hasta el momento, así como
más de una docena de convenios en diferentes áreas que se firmaron
entre los dos países durante la visita que el presidente ecuatoriano
Rafael Correa hizo a Irán en 2008.

El vicepresidente Moreno dijo que tales convenios no han avanzado
debido "fundamentalmente a una lentitud burocrática de parte y parte",
y de allí que, junto con él, diversas autoridades ecuatorianas
visitarán Irán para dar seguimiento al cumplimiento de los acuerdos
bilaterales.

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Ecuador busca apoyo de Irán para proyecto Yasuní

El vicepresidente de Ecuador, Lenin Moreno, viajó este martes a
Teherán con el propósito de lograr el respaldo del gobierno iraní al
proyecto ambiental Yasuní y para fortalecer las relaciones entre los
dos países.

En entrevista con BBC Mundo, Moreno señaló que se reunirá con el
presidente de Irán, Mahmud Ahmadinejad, y con miembros del gobierno
iraní y de la Asamblea Consultiva Islámica, para obtener un apoyo que
incluya el compromiso de entrega de un aporte económico "a este
proyecto que es símbolo de lo que debería ser la conservación del
planeta Tierra".

La iniciativa Yasuní persigue dejar sin explotar unos 850 millones de
barriles de crudo que se calcula existen en la reserva mundial de
biósfera de Yasuní, en la Amazonia ecuatoriana, siempre que la
comunidad internacional aporte el 50% de los más de US$6.000 millones
que obtendría Ecuador con la explotación de dicho petróleo.

El proyecto ambiental, que el gobierno ecuatoriano lanzó en 2007,
avanza en la creación de un fideicomiso con Naciones Unidas que
permita concretar los ofrecimientos económicos efectuados por Alemania
y España. A ello, el gobierno ecuatoriano espera sumar contribuciones
por parte de los países árabes y otras naciones de la región.

Usted ¿qué opina? ¿Es el proyecto Yasuní realista o utópico?

De allí que, después de su viaje a Irán, el vicepresidente Moreno se
desplazará a Emiratos Árabes y Turquía para promocionar la iniciativa
ambiental. A decir de Moreno, los países productores de petróleo,
entre ellos los países árabes, "tienen una enorme responsabilidad" en
la adopción de medidas de conservación del planeta.

Convenio con banco iraní

Pero además, el viaje del vicepresidente se produce a dos semanas de
que el Grupo de Acción Financiera Internacional (GAFI), organismo
intergubernamental que promueve políticas de lucha contra el lavado de
dinero y la financiación del terrorismo, colocara a Ecuador en la
lista de países con deficiencias en el desarrollo de tales políticas,
cuestionando, entre otras cosas, las relaciones del país andino con
Irán.

La decisión del GAFI observa la suscripción del convenio de
intercambio comercial establecido en diciembre de 2008 entre el Banco
Central de Ecuador y el Banco de Desarrollo de Exportaciones de Irán
(EDBI, por sus siglas en inglés), entidad que ha sido cuestionada por
el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas y el Departamento del
Tesoro de Estados Unidos por presunto financiamiento de proyectos de
armas nucleares desarrollados por Irán.

Al respecto, el vicepresidente Moreno defendió las relaciones de
Ecuador con Irán, al señalar que "no se puede prohibir a Ecuador el
comercializar con cualquier país del mundo", y reiteró que "por lo
menos seis países latinoamericanos mantienen relaciones con Irán".

"El informe del GAFI es totalmente desacertado, distorsionado, y lleno
de imprecisiones. Ecuador tiene un sistema contundente de lucha
frontal contra el terrorismo y el narcotráfico", manifestó Moreno.

No obstante, el vicepresidente dijo a BBC Mundo que "Ecuador podría
revisar" el convenio con el EDBI, aunque anotó que "primero tendrían
que explicarnos por qué no habríamos de utilizar ese mecanismo".

"Si es que Ecuador comprueba que ese banco realiza acciones ilícitas,
con toda seguridad esa relación no funcionará", afirmó Moreno.

Tras el acuerdo con el Banco Central ecuatoriano, el banco iraní había
adelantado gestiones para el establecimiento de una sucursal bancaria
en Quito. Dichos trámites no han prosperado hasta el momento, así como
más de una docena de convenios en diferentes áreas que se firmaron
entre los dos países durante la visita que el presidente ecuatoriano
Rafael Correa hizo a Irán en 2008.

El vicepresidente Moreno dijo que tales convenios no han avanzado
debido "fundamentalmente a una lentitud burocrática de parte y parte",
y de allí que, junto con él, diversas autoridades ecuatorianas
visitarán Irán para dar seguimiento al cumplimiento de los acuerdos
bilaterales.

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março 02, 2010

Bio-diversidade microscopica

Microrganismos que vivem em simbiose com plantas podem ser uma imensa e inexplorada fonte para o desenvolvimento de produtos naturais a partir de estruturas químicas otimizadas ao longo de milhões de anos pela evolução.

As novas estratégias para aperfeiçoar essa diversidade estrutural dos produtos naturais e multiplicar suas aplicações foi o tema da conferência de Leslie Gunatilaka, professor da Universidade do Arizona, Estados Unidos, na sexta-feira (26/2), durante o Workshop Internacional Biota-FAPESP sobre Metabolômica no Contexto da Biologia de Sistemas, realizado na sede da Fundação, em São Paulo.

O uso dos microrganismos como fonte de produtos naturais traz várias vantagens, de acordo com Gunatilaka. Uma delas é que eles podem ser encontrados no solo ou associados a plantas, líquens e animais.

“O número de microrganismos é muito grande e eles podem ser utilizados para produção em larga escala sem destruição ecológica. Além disso, com a manipulação das condições de cultura, podemos produzir uma incontável variedade de metabólitos”, disse.

O cientista descreveu as estratégias utilizadas por seu grupo para aperfeiçoar a diversidade estrutural de produtos naturais, envolvendo a manipulação das cepas de fungos e das condições de cultura.

Segundo Gunatilaka, as plantas que vivem em condições de estresse ambiental (como temperaturas muito baixas ou muito altas), podem ser excelentes fontes de produtos naturais bioativos, especialmente quando se associam a determinados microrganismos.

“Trabalhamos na região do deserto de Sonora, no Arizona. Em locais assim, com condições extremas e grandes variações de temperatura, as plantas precisam desenvolver formas de sobrevivência especiais. Elas fazem isso produzindo metabólitos secundários, muitas vezes com a ajuda de microrganismos”, explicou.

Um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo grupo coordenado por Gunatilaka envolveu o fungo Paraphaeosphaeria quadriseptata, presente na rizosfera – a região onde raízes das plantas entram em contato com o solo – da Arabidopsis thaliana. Essa planta, da família da mostarda, é considerada um dos principais organismos modelo para o estudo de genética em botânica.

O grupo já havia descoberto anteriormente que esse fungo, que vive em associação com as plantas do deserto de Sonora, produz moléculas de monocilina, inibidoras da proteína de choque térmico (HSP90, na sigla em inglês). Uma pesquisa realizada em 2007 e publicada na revista Plant Physiology mostrou que a exposição da planta à monocilina aumentava sua resistência a condições ambientais letais.

“Sabíamos que a monocilina interagia com a HSP90, que é uma proteína muito interessante para aplicações no tratamento de câncer e doenças neurológicas. Queríamos ver se o composto tinha capacidade de modular a resposta da planta ao estresse ambiental. Conseguimos produzir grande quantidade de monocilina e verificamos que, ao ser aplicado em mudas da planta, o metabólito a induzia à termotolerância”, disse.

De acordo com o cientista, com a aplicação de 1 micromole do composto, as mudas conseguiam sobreviver a uma temperatura de 45º C por períodos de 50 a 75 minutos. “Com esses resultados conseguimos animar algumas empresas de agricultura a desenvolver produtos específicos e já temos alguns resultados muito promissores”, afirmou.

Segundo Gunatilaka, a resposta ao choque térmico tem um papel central para garantir que as células possam lidar com a desestabilização das proteínas.

“Com isso, a modulação dessa resposta ao choque térmico deve ter implicações importantes para doenças como o câncer e os problemas neurodegenerativos, assim como para a tolerância das plantas ao estresse em ecossistemas áridos”, disse. (Fonte: Agência Fapesp)

Compostagem em Casa (Spanish)

El Ayuntamiento de El Sauzal desarrolla junto al Cabildo de Tenerife y la Mancomunidad de Municipios del Nordeste un proyecto de compostaje doméstico que prevé que el 33 por ciento de la basura de los hogares con terreno o jardín se utilice como abono natural.

El consistorio ofrece un taller de formación gratuita donde se enseña a los vecinos que tengan una huerta o jardín cómo gestionar los residuos orgánicos del hogar y los restos de la poda en la elaboración de compost. Este abono natural de gran calidad mejora la salud de los cultivos y jardines, a la vez que permite ahorrar agua y productos químicos.

Desde el municipio de El Sauzal se destaca que "el compostaje doméstico es una imitación controlada y acelerada de los fenómenos de la naturaleza, que consiste en descomponer nuestros residuos domésticos y vegetales para obtener de forma gratuita un producto fertilizante natural y de alta calidad".

Ahorro múltiple

Con esta propuesta sostenible, el Ayuntamiento norteño pretende reducir el gasto en abonos comerciales, los malos olores, así como el coste del transporte, almacenamiento y tratamiento de los residuos orgánicos que se producen en la localidad.

Uno de los objetivos que se plantea este proyecto de compostaje doméstico es conseguir la reutilización del 33 por ciento de la bolsa de basura de cada vivienda. Los promotores de este proyecto destacan que "los restos orgánicos se pueden devolver a la naturaleza en forma de un útil y natural compost".

Gracias al reciclaje, se convierte en un recurso útil lo que hasta ahora no es más que un residuo doméstico que termina en los contenedores verdes. Para los promotores de la iniciativa, lo importante es concienciar a la población sauzalera de que los restos de la cocina y del jardín pueden convertirse, de forma gratuita, en el mejor abono para sus plantas o cultivos domésticos.

fevereiro 09, 2010

Yellowstone tiembla más de lo habitual

La actividad sísmica de Yellowstone se manifiesta en los géiseres. La actividad sísmica en el Parque Nacional de Yellowstone, en Wyoming, Estados Unidos, se ha incrementado en las últimas semanas, poniendo en alerta a los geólogos que observan el curioso comportamiento de esta zona.

El Instituto de Investigación Geológica de EE.UU. (USGS, por sus siglas en inglés) informó que entre el 17 y el 31 de enero se registraron más de 1.600 movimientos telúricos en el parque.

En esta cadena de sismos -la segunda más larga jamás registrada en el famoso parque- hubo episodios que alcazaron magnitudes de hasta 3,8 grados en la escala Richter.

Las sacudidas sísmicas son comunes en esta zona, pero la actual actividad está por encima de la actividad sísmica diaria en Yellowstone.

Magma bajo alta presión
La región tiene una geología particular, creada por el desplazamiento de una placa tectónica hace millones de años.

Bajo la caldera de Yellowstone se encuentra una gran cavidad conocida como la cámara magmática, que contiene una masa de magma bajo alta presión.

Esta geología produce los famosos géiseres, que se han convertido en un atractivo turístico. El llamado Old Faithful (viejo fiel) lanza un chorro de agua caliente y vapor con asombrosa precisión casi cada 10 minutos.

A unos 16 kilómetros al noroeste de este géiser es donde se han registrado las sacudidas sísmicas.

Aunque los expertos no creen que esté a punto de repetirse la devastadora erupción de hace 2,1 millones de años, sí están observando y analizando detenidamente los pequeños movimientos de tierra para saber si corresponden a la actividad normal para esa zona.

La atención a los movimientos sísmicos ha aumentado de manera vertiginosa desde el terremoto en Haití hace unas semanas. El sitio de internet del USGS ha multiplicado por cinco el número de visitas. (Fonte: BBC)

Cientistas conseguem vídeo raro de ‘monstro’ do mar

Pesquisadores da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, conseguiam uma imagem inédita do intrigante peixe-remo navegando no fundo do oceano. O filme foi feito no Golfo do México por meio de uma máquina não tripulada, e os cientistas acreditam que essa é a primeira vez que se filma o animal em seu habitat natural.

O peixe-remo (Regalecus glesne) é uma espécie rara que vive em águas profundas. Ele pode chegar a 17 metros de comprimento, e só costuma ser visto quando está morrendo e sobe à superfície. Seu “topete” e suas barbatanas incomuns sempre despertam a curiosidade de quem topa com um deles. Acredita-se que relatos antigos sobre serpentes gigantes no mar estão relacionados a esse peixe. (Fonte: G1)

Leões-marinhos de Galápagos migram pela primeira vez para águas do Peru

Uma colônia de leões-marinhos endêmica nas ilhas de Galápagos viajou 1.500 quilômetros para a costa peruana por causa da mudança de temperatura das águas, de acordo com uma organização daquele país que monitora mamíferos marinhos.

A Organização para Pesquisa e Conservação de Animais Aquáticos afirmou que a mudança na temperatura foi causada pela mudança climática, As Ilhas Galápagos ficam a 600 quilômetros da costa do Equador.

Segundo especialistas, esta é a primeira vez que os leões-marinhos de Galápagos estabelecem uma colônia fora das ilhas.

A organização afirma que a temperatura da água em Piura, na costa norte do Peru, aumentou de 17 graus centígrados para 23°C nos últimos dez anos. Ela é muito mais próxima da temperatura do mar em volta das Ilhas Galápagos, cuja média gira em torno dos 25°C.

Agora que as condições do mar na costa norte do Peru são tão parecidas com as das Ilhas Galápagos, de acordo com a organização, mais leões-marinhos e outras espécies poderão começar a migrar para aquela área.

Como muitas espécies nativas das ilhas, os leões-marinhos são únicos, pertencentes àquela região.

Desde que o naturalista britânico Charles Darwin visitou as ilhas pela primeira vez há mais de 150 anos, as ilhas Galápagos são conhecidas como um museu vivo da evolução das espécies.

Agora, por causa do aquecimento global, o ecossistema das ilhas poderá sofrer mudança sem precedentes em sua história. (Fonte: G1)

Consumo de bebidas açucaradas é ligado ao câncer de pâncreas, aponta estudo

O consumo de bebidas açucaradas aumenta o risco de câncer de pâncreas, de acordo com um estudo norte-americano divulgado nesta segunda-feira (8).

Os autores desta pesquisa estudaram os dados sobre consumo de bebidas açucaradas e sucos de frutas de 60.524 pessoas que participaram do estudo em Cingapura, conhecido como Singapore Chinese Health Study.

Os pesquisadores identificaram os casos de câncer de pâncreas e as mortes relacionadas a essa doença em meio as pessoas submetidas ao acompanhamento.

Descobriram que o risco de câncer de pâncreas era mais alto entre os que consumiam pelo menos duas bebidas diárias com adição de açúcar do que entre os demais, segundo seus estudos divulgados na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention.

Não se descobriu, no entanto, uma relação entre o consumo de sucos de frutas e o câncer de pâncreas.

O estudo Singapore Chinese Health Study realiza há 14 anos um acompanhamento da dieta, das atividades físicas, da evolução demográfica e da saúde de 63.000 habitantes de Cingapura. (Fonte: G1)

Seca na Austrália e nevasca na Antártida têm ligação, diz estudo

Existe uma estreita relação entre a seca do sul da Austrália e as fortes nevascas no cume de Law Dome, na parte leste da Antártida, revela um estudo publicado pela revista "Nature" no domingo (7).

O fenômeno seria causado por um modelo de circulação atmosférica em que um vento frio e seco chega à Austrália enquanto o ar úmido e quente se dirige à zona antártica.

Para a pesquisa, os cientistas da Divisão Australiana na Antártida e do Centro de Pesquisas do Clima e Ecossistemas Antárticos compararam os registros de tempestades em Law Dome e no sudoeste australiano.

Os registros guardam uma relação inversa: quanto mais chove em uma região, menos intensas e frequentes são as tempestades na outra.

Os dados meteorológicos de Law Dome mostram que as intensas nevascas das últimas décadas não são frequentes se comparadas com os registros dos últimos 750 anos.

O mesmo acontece na Austrália, onde a seca foi muito mais intensa em décadas recentes que nos últimos sete séculos e meio.

Os pesquisadores dizem que os fluxos de vento responsáveis pelos dois fenômenos meteorológicos têm relação com a mudança climática induzida pela ação humana. (Fonte: Folha Online)

janeiro 20, 2010

Órgão da ONU admite erro em previsão sobre aquecimento global

O IPCC disse que fará uma revisão de suas previsões. O vice-presidente do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), Jean-Pascal van Ypersele, admitiu, nesta terça-feira, que o órgão cometeu um erro ao afirmar que as geleiras do Himalaia poderiam desaparecer até 2035.

O IPCC havia feito a previsão em 2007 em um relatório intitulado AR4, que trazia uma avaliação sobre os impactos do aquecimento global.

“As geleiras no Himalaia estão desaparecendo mais rápido do que em qualquer outra parte do mundo (...) A probabilidade de elas desaparecerem até 2035 ou talvez até antes é muito alta”, afirma o documento.

Recentemente, diversos cientistas contestaram os dados divulgados pelo Painel. Em entrevista à BBC Yepersele admitiu o erro e disse que os dados serão revisados.

Apesar disso, o vice-presidente afirmou que o erro não muda a tendência atual do impacto das ações do homem no clima.

A polêmica voltou às discussões de diversos websites dedicados às mudanças climáticas nos últimos dias.

Alguns comentaristas afirmam que o erro pode ameaçar a credibilidade dos dados científicos sobre o clima, e também do próprio IPCC.

Mas Yepersele disse que esse não é o caso.

“Eu não vejo como um erro em um relatório de 3 mil páginas possa prejudicar a credibilidade de todo o conteúdo do documento”, disse.

Origem

A afirmação de que as geleiras do Himalaia poderiam desaparecer até 2035 parece ter se originado em uma entrevista com o glaciologista indiano Syed Hasnain, publicada na revista científica New Scientist em 1999.

O dado voltou a aparecer em 2005 em um relatório do grupo ambientalista WWF – documento citado na avaliação de 2007 do IPCC.

Um origem alternativa para a informação sugere que seria um erro de leitura de um estudo de 1996 que teria indicado que a data seria 2350.

Ciência

A polêmica voltou à tona no ano passado, antes da Cúpula da ONU sobre o Clima em Copenhague, na Dinamarca.

Em dezembro, quatro importantes glaciologistas prepararam uma carta para publicação na revista científica Science na qual afirmam que o completo degelo das geleiras até 2035 era “fisicamente impossível”.

“Não há como ser feito”, disse Jeffrey Kargel, da Universidade do Arizona, à BBC, no período de publicação.

“Se você pensar em uma espessura de 200-300 metros, em alguns casos até de 400 metros – e se perdermos o gelo a uma taxa de um metro por ano, ou dois metros por ano, você não vai se livrar de 200 metros de gelo em meio século”, afirmou Kargel.