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outubro 29, 2009

Reino Unido revela mapa de mudanças climáticas

Para os leigos, as mudanças climáticas podem soar como um vago problema apocalíptico, que ou está muito longe de acontecer ou é tão caótico e confuso para se tentar entender. Aumento do nível do mar, derretimento das calotas polares, mais secas, mais chuvas e tempestades, e por aí vai. Sim, o aquecimento global causará tudo isso, mas seria de grande utilidade as ara todos saber de antemão o que realmente irá acontecer a cada uma, e para isso o governo do Reino Unido desenvolveu o mapa interativo de impactos clímaticos. Confira abaixo:




O mapa feito pelo Hadley Center, o principal instituto de pesquisas climáticas do Reino Unido, mostra as partes do mundo que serão afetadas por cada impacto das mudanças climáticas em um cenário de aumento de te temperatura equivalente a 4ºC.

De acordo com o mapa, a produção agrícola irá ter uma queda na América do Norte , o nível do mar irá aumentar especialmente em torno de Bangladesh e da Índia, o manto de gelo da Groenlândia irá diminuir e grande parte da América do Sul irá enfrentar uma crise de água.

De acordo com o Departamento de Energia e Mudanças Climáticas, espera-se uma redução da produção agrícola especialmente a de grãos e cereais em todas as principais regiões que os produzem. Além disso, metade de todas as geleiras do Himalaia serão significativamente reduzidas até 2050, privando 23% da população chinesa de água, durante as épocas de seca.

Acho importante a divulgação de referências como estas – ferramentas que mostram ao público os efeitos tangentes das mudanças climáticas. Elas podem muitas vezes inspirar mais as pessoas a mudarem do que cenários exagerados, ou comerciais de televisão assustadores.

Carregador universal se aprovado, poderá economizar a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2

A União Europeia anunciou neste ano que pretende implantar entre os produtores de celulares, carregadores universais de bateria. Na última semana, um modelo de carregador universal foi aprovado pela União Internacional de Telecomunicação, e já está disponível para as companhias adotarem voluntariamente para os seus aparelhos.

O novo carregadore tem um pequeno USB e é mais eficiente em energia. De acordo com Aldo Liguori, porta voz da Sony Ericsson, os planos são de lançar no mundo todo o carregador universal no primeiro semestre de 2010.

Cada usuário de telefones móveis irá se beneficiar deste recurso, que permite que o mesmo carregador seja utilizado por qualquer celular, independente da do modelo. Qualquer um estará apto a carregar seu celular em qualquer lugar do mundo, com qualquer carregador disponível, além disso o consumo de energia utilizado pelo novo carregador também será menor.

Estima-se que cerca de 51000 toneladas de carregadores são produzidos de maneira redundante a cada ano, e o carregador universal, poderá diminuir bruscamente este número, se ele for adotado pelas fabricantes de celulares. Se companhias como LG, AT&T, DoCoMo, Samsung, Nokia e muitas outras fizerem implantarem a ideia de carregador universal da GSMA. Nos próximos anos, não só haverá uma grande redução do volume de lixo eletrônico e nas emissões de gases do efeito estufa, mas também estima-se uma grande redução da energia celulares.


ONU lança campanha para saber como brasileiros cuidam do meio ambiente

O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente? Esta é a pergunta que as Nações Unidas estão colocando a todos os brasileiros através da campanha "ONU Verde", que será lançada no 64º aniversário da Organização, festejado mundialmente em 24 de outubro de 2009. A campanha conta com o apoio da TIM, que enviará cerca de oito milhões de SMS convidando seus assinantes a participar e também com o apoio da MTV Pública que divulgará a iniciativa e veiculará os cinco vídeos mais criativos.

Todos aqueles que quiserem participar, deverão responder a pergunta “O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente?” através do envio de até três fotos tiradas com celular ou um pequeno filme de até 30 segundos, também realizado com celular, acompanhados por um relato da ação proposta, com até 100 palavras. Estes materiais serão publicados pelo próprio participante no site http://www.onuverde.org.br/. Depois de enviar suas sugestões, o participante receberá um certificado online, da ONU, com a frase: “Eu faço minha parte”.

A campanha ficará no ar até 1º de junho de 2010, quando um Comitê de Seleção - composto por cinco representantes das agências e programas do Sistema ONU no Brasil - escolherá as 10 fotos e os cinco melhores vídeos que melhor traduzam o tema da campanha. O resultado estará disponível neste site a partir do dia 5 de junho 2010.

As fotografias selecionadas serão amplamente divulgadas pela rede de comunicação das Nações Unidas no Brasil e no exterior e os cinco vídeos vencedores serão veiculados pela MTV Pública no Dia Mundial do Meio Ambiente de 2010 (5 de junho).

Mais informações: Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil – UNIC Rio 21-2253-2211.

outubro 28, 2009

Governo das Maldivas debaixo de água para alertar contra as alterações climáticas

Um conselho de ministros subaquático. Podia até ser brincadeira, se a reunião não fosse nas Maldivas, um dos países mais ameaçados pela subida do nível do mar e uma das vozes mais activas na campanha para uma acção global no combate às alterações climáticas.

Durante meia hora, o Presidente e os ministros substituíram o fato e gravata por equipamento de mergulho e, a cinco metros de profundidade, assinaram uma declaração pedindo para que sejam definidas metas ambiciosas na redução dos gases com efeito de estufa.

A decisão será tomada na distante e fria Copenhaga, que em Dezembro acolhe a Cimeira do Clima – uma oportunidade que as Maldivas não querem ver desperdiçada. Se não houver um consenso mundial “vamos todos morrer”, explicou o Presidente Mohamed Nasheed, numa conferência de imprensa já à tona da água. “E se as Maldivas não puderem ser salvas não creio que haja muito mais hipóteses para o resto do mundo”, acrescentou.

As Maldivas, um arquipélago composto por mais de mil ilhas, está a uma média de apenas dois metros acima do nível do mar e, em várias ilhas, a água salgada invade já terrenos que até há poucos anos permaneciam férteis.

Dos 14 ministros só três não participaram na reunião “extraordinária”, dois deles por razões médicas. Com equipamento completo e na companhia de instrutores de mergulho e seguranças, os governantes desceram até ao fundo da idílica lagoa que, por uma manhã, foi palco da primeira reunião política subaquática de que há memória.

Conclusões do Congresso Mundial Florestal 2009

Na semana passada, dos dias 18 à 23 de outubro, ocorreu em Buenos aires o XIII World Forestry Congress, XIII Congresso Mundial Florestal. A menos de 2 meses da conferência em Copenhague, com as mudanças climáticas no centro das discussões políticas, sendo as florestas uma ferramenta crítica na luta contra o aquecimento global, as discussões nos paineis do congresso foram de interesse especial neste ano.

Abaixo estão algumas das principais ideias e conclusões provenientes das discussões realizadas no congresso. Os principais assuntos abordados durante o evento giravam em torno dos seguintes conceitos:

-Florestas não são templos sagrados nos quais o homem não pode interferir. Pelo contrário, e obviamente, o uso dos recursos florestais deve ser feito com planejamento e responsabilidade;

-Florestas não significam apenas carbono, elas abrigam em torno de 2/3 da biodiversidade terrestre, geram bens preciosos como água, alimento e renda, a partir de mais de 5000 produtos florestais. Elas também representam a identidade de mais de milhões de pessoas;

-Toda e qualquer decisão tomada para preservar as florestas deve considerar a melhoria da vida das pessoas que sobrevivem da floresta. Especialmente porque a pobreza e falta de recursos é responsável pelo desmatamento irresponsável em muitas partes do mundo;

-Com uma população crescente que deve ser alimentada, é impossível parar o desmatamento completamente. Porém, a expansão da agricultura e o uso das florestas deve ser realizado com um planejamento responsável;

-Florestas urbanas e ao redor das cidades são ferramentas poderosas para ajudar na adaptação às mudanças climáticas;

-Nós precisamos de monitoramento e tecnologias de coleta de dados em maior quantidade e qualidade, para tomar decisões mais embasadas;

-Apesar de serem ótimas ferramentas para lidar com as mudanças climáticas, os programas REDD e REDD+ devem ser simplificados para serem rapidamente adotados pelos países;

-Para dar sequência à conservação, existe a necessidade de se trabalhar em coordenação com os governos, organizações e comunidades nativas;

-E por último, mas não menos importante: a criação de um modelo de uso sustentável de florestas não significa que temos que renunciar o desenvolvimento, pelo contrário, representa uma ótima oportunidade de gerar empregos e novos serviços.

Além dessas ideias discutidas durante o congresso, as autoridades do evento elaboraram uma lista com as conclusões oficiais e um documento com recomendações para os líderes mundiais que será levado a Copenhague.

outubro 20, 2009

China vai evacuar 15 mil pessoas de área contaminada por chumbo

O governo da China anunciou que vai remover 15 mil pessoas de uma área contaminada com chumbo na cidade de Jiyuan, província de Henan. A remoção foi decidida depois que ficou comprovado que mais de mil crianças da comunidade foram contaminadas pelo metal pesado.

Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, o prefeito da cidade, Zhao Suping, estima que a transferência dos moradores vai custar um bilhão de yuans (cerca de R$ 260 milhões). A maior parte desse valor, 70%, será pago pelo governo e pela companhia poluidora. O restante caberá aos cidadãos.

O governo ainda não decidiu para onde mandará as famílias que atualmente vivem em 10 vilarejos próximos da fábrica responsável pela contaminação. A unidade de fundição de chumbo Wanyan de Jiyuan é a maior da China e a segunda maior do mundo, segundo dados oficiais.

As crianças já foram removidas, mas não há uma previsão de prazo para a mudança dos outros moradores, o que tem levantado críticas. "Se algumas pessoas ficam ricas, mas todo um vilarejo é envenenado, como podemos ignorar a saúde das pessoas no processo de desenvolvimento econômico?", questionou o morador Wang Shaouzhou. O morador, de 60 anos, vive em Shiniu, uma vila próxima da fundição onde cem crianças foram afetadas e onde vive o neto dele.

A região abriga várias fundições e o setor contribui significativamente para a economia local. Cerca de 10 mil dos 670 mil moradores de Jiyuan trabalham diretamente para alguma das 35 fundições de chumbo presentes na cidade. Outras 20 mil pessoas dependem indiretamente do negócio.

(Fonte: BBC / G1 - Ambientebrasil)

Veinticinco familias generarán compost con sus residuos orgánicos y vegetales


Cogersa, en una experiencia piloto, entrega recipientes para reciclar y así reducir la basura en los hogares.


Desde ayer, veinticinco familias del concejo de Llanes tienen una compostadora doméstica con una capacidad de 280 litros. La entrega de estos recipientes forma parte de un proyecto piloto de Cogersa, con el que se pretende fomentar el reciclaje y reducir los residuos orgánicos que se producen en los hogares.


El gerente de Cogersa, Santiago Fernández, explicó en Llanes que las familias seleccionadas debían tener un terreno de al menos 50 metros cuadrados dedicado a huerta o jardín para formar parte de la iniciativa. En la compostadora se deben echar los residuos vegetales provenientes de siegas y podas, así como la materia orgánica que día a día va al cubo de basura normal. Con una buena ventilación y removiéndolo de vez en cuando, se genera el compost, que se emplea como abono casero. «Vamos a estar en contacto con los participantes para asesorarles y resolver cualquier duda que tengan durante el proceso», aseguró Fernández.


Llanes forma parte de la segunda fase del programa de compostaje, en el que están implicados veinte ayuntamientos asturianos. Además, el municipio llanisco también participa en una iniciativa similar del Ministerio de Medio Ambiente, que proporcionará próximamente material para compostaje a otras 60 familias.


Fernández agregó que el proyecto para ubicar un nuevo punto limpio en Poo está en «fase avanzada de contratación» y que esperan arrancar las obras a comienzos del próximo año.


Funcionamiento

La materia orgánica comienza un lento proceso de descomposición dentro del recipiente, en presencia de oxígeno. Hay que remover una o dos veces al mes y vigilar la humedad. Con el tiempo, las capas inferiores de residuos se convierten en un abono oscuro, con olor a tierra. (Fonte: La Voz de Galicia, Llanes, M. TORAÑO)

outubro 19, 2009

Adaptação às mudanças climáticas vai custar até 3 vezes mais, diz relatório


O estudo recomenda uma revisão dos custos de adaptação na área de água.

Um relatório divulgado nesta quinta-feira em Londres afirma que os custos de adaptar o planeta às mudanças climáticas provavelmente serão duas a três vezes mais altos que os previstos pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) em 2007.

O estudo acadêmico realizado pelo Instituto Internacional para Meio Ambiente e Desenvolvimento (IIED, na sigla em inglês) e coordenado pelo professor Martin Parry, da universidade britânica Imperial College London, acrescenta que o custo total pode subir muito mais se forem levados em conta os impactos de outras atividades humanas.

Em 2007, a convenção da ONU sobre clima estimou o custo de adaptação à mudança climática no ano 2030 entre US$ 49 bilhões e US$ 171 bilhões por ano. Bem mais que a metade desse valor teria de ser aplicado em países em desenvolvimento.

No entanto, os cientistas reunidos pelas Nações Unidas não levaram em conta setores como energia, indústria, comércio, mineração e turismo. Além disso, outros setores incluídos teriam sido apenas "parcialmente cobertos" nos cálculos de 2007.

"Só avaliando detalhadamente os setores estudados pela UNFCCC, estimamos os custos de adaptação entre duas e três vezes mais altos. E se forem incluídos setores que a UNFCCC deixou de fora, o custo verdadeiro é muito maior", afirmou Parry, copresidente do grupo do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), que avaliou estudos sobre impactos, vulnerabilidade e adaptação entre 2002 e 2008. (Fonte: Eric Brücher Camara, Da BBC Brasil em Londres)

Falta de acordo sobre clima seria ‘imperdoável’, diz secretário da ONU

Ban Ki-moon
Ban Ki-moon disse que fracasso em Copenhague seria imperdoável
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse nesta terça-feira que a falta de um acordo sobre o aquecimento global em um encontro sobre o tema em Copenhague, em dezembro, seria “moralmente imperdoável”.
A expectativa é de que, na reunião em Copenhague, os países cheguem a um consenso sobre um novo tratado que irá substituir o protocolo de Kyoto, que estabelece as atuais metas de redução de gases do efeito estufa e que expira em 2012.
Ban fez a declaração desta terça-feira em uma cúpula especial da ONU em Nova York, diante de cerca de cem líderes mundiais, na qual pediu uma ação urgente para conter as mudanças climáticas e disse que as negociações para a redução das emissões de gás carbônico estão avançando muito lentamente.
Para Ban, a cúpula em Nova York é uma tentativa de injetar ânimo nas negociações sobre o clima, que atualmente estão emperradas.
"Suas decisões terão consequências", afirmou. "O destino das futuras gerações, e as esperanças e o sustento de bilhões de pessoas hoje em dia estão, literalmente, nas mãos dos senhores."
China
As discussões para Copenhague continuam emperradas porque os países ricos evitam se comprometer a cortar emissões em um nível considerado satisfatório para evitar o perigo do aquecimento global, enquanto que os países pobres se recusam a aceitar limites de emissões alegando que isso prejudicaria seu desenvolvimento econômico.
Nesse contexto, o papel da China é crucial porque o país é não apenas é uma economia emergente, mas também um grande poluidor.
O presidente chinês, Hu Jintao, disse durante a cúpula em Nova York que os países desenvolvidos precisam levar em conta as necessidades dos países em desenvolvimento e ajudá-los a usar mais tecnologias de produção de energia mais limpas.
Clique
Hu prometeu que a China iria ampliar seus esforços para uso eficiente de energia - para que seja emitido menos carbono por unidade de energia gerada - e reduzir as emissões de gases poluentes.
A China já ultrapassou os Estados Unidos como o maior mercado de energia eólica – gerada a partir de vento – e é uma potência crescente em energia solar.
A União Europeia é responsável por 14% das emissões, seguida pela Rússia e Índia, com 5% cada. (Fonte: BBC)

Competição nos Estados Unidos estimula projetos de casas com energia solar



John Hamilton fez uma pausa no conserto das bombas de calor, canos e tanques ordenados à sua frente, o centro mecânico de uma pequena casa montada no National Mall, para ler o medidor elétrico montado na lateral.


A tela digital mostrava que, durante os dois dias anteriores, a estrutura parecida com um pavilhão, projetada por estudantes de arquitetura e engenharia da Virginia Tech, havia extraído cerca de 20 quilowatts/hora da rede elétrica. No mesmo período, entretanto, células foto-elétricas no telhado haviam gerado cerca de 60 quilowatts/hora de volta.

"Isso é ótimo", afirmou Hamilton, que regulava os sistemas de controle da casa numa tarde de quinta-feira, pois sua empresa, a Siemens, é um dos patrocinadores. "Nós a usamos muito nesta manhã".
Os membros da equipe da Virginia Tech estiveram ocupados com preparativos de última hora para a inauguração de seu projeto, chamado Lumenhaus, e para o lançamento do Solar Decathlon, uma competição do Departamento de Energia dos EUA envolvendo o projeto e a construção de uma residência eficiente e habitável usando energia solar.
O evento de dez dias inclui 20 equipes de universidades dos Estados Unidos, Canadá e Europa

Alguns grupos têm se apressado de forma ainda mais frenética. Alunos e conselheiros acadêmicos da Universidade de Wisconsin, em Milwaukee, estavam usando capacetes, serrando e martelando, e ainda trabalhavam bem depois das cerimônias de abertura da uma da tarde.
A produção de energia em rede da casa da Virginia Tech valerá alguns pontos na competição. Mas essa e as outras inscrições não serão julgadas somente pelo uso da eletricidade. Serão concedidos pontos pelo projeto arquitetônico, habilidade de engenharia, conforto e possibilidade de comercialização – ao todo, são dez categorias.
"A ideia é provar às pessoas que a energia solar funciona, e que você não precisa abandonar seu estilo de vida para usá-la", disse Richard King, diretor da competição bienal do Departamento de Energia, que concede US$ 100 mil a cada equipe para iniciar os projetos.
Viabilidade
O evento também tem a intenção de fazer os estudantes pensarem em solucionar os problemas de energia de maneiras viáveis – todos os projetos precisam ser direcionados a um mercado específico, de baixa a alta renda.
As casas, limitadas a 75 metros quadrados, são totalmente abastecidas com mobília e decoração – até mesmo lençóis, toalhas e livros. Os membros das equipes não moram nelas, mas precisam realizar atividades domésticas como cozinhar e lavar roupas, e são julgados se seu sistema é capaz de manter uma temperatura de ar confortável e produzir água quente em quantidade suficiente.
A televisão tem de ser deixada ligada por seis horas ao dia, para demonstrar que há eletricidade o suficiente para diversão.

Com as casas alinhadas em duas fileiras à sombra do Monumento de Washington, a competição lembra um parque de trailers futurista. Há materiais e projetos inovadores por todo lado – na casa da Equipe Ontário, venezianas exteriores auto-ajustáveis que também podem refletir a luz do sol para dentro da construção; uma parede de água plástica no projeto da Universidade do Arizona, que absorve a luz solar que libera calor; e, no Lumenhaus, painéis móveis translúcidos separados com aerogel, o que permite a passagem da luz.
Painéis solares, tanto fotoelétricos quanto termais, adornam os telhados. Alguns são montados da maneira convencional, inclinados de forma que os raios do sol os atinjam quase perpendicularmente para aprimorar a eficiência da conversão.
Algumas casas, porém, possuem painéis horizontais, ou nas laterais, como telhas de alta tecnologia (e alto preço), ou com mecanismos para permitir que eles se inclinem, seguindo o sol. A competição estimula a sustentabilidade, então a maioria das casas tem sistemas para usar a água da chuva e reutilizar a água de limpeza para as plantas.
Produtos reciclados são encontrados nas partes externas (tábuas feitas de papel e madeira prensados na casa da Universidade de Minnesota) e internas (portas de armários feitas de talo de sorgo prensado da cozinha da Equipe Missouri).
Muitos dos interiores são projetados para serem flexíveis e adaptáveis. No Lumenhaus, por exemplo, armários centrais podem ser arrastados na direção das paredes para isolar o quarto da área comum, e um balcão móvel pode cobrir grande parte das superfícies da cozinha ou ser usado como uma mesa.
Hamilton, representante da Siemens, gostou tanto do interior que tinha uma proposta aos estudantes da Virginia Tech. "Disse a esses garotos que eu viveria nesta casa", afirmou ele. (Fonte: BBC)

Mil carros inteligentes começarão a ser testados na Europa



Um grupo de 28 organizações europeias vai começar a testar e avaliar cientificamente o impacto de oito sistemas avançados de assistência à segurança, eficiência e conforto dos motoristas.

Todos os sistemas avaliados já estão em um nível de desenvolvimento que permite sua incorporação imediata em veículos de linha.
Serão testados, entre outros, sistemas de controle lateral e longitudinal, sistemas que emitem alertas para o motorista sobre o risco de colisões laterais e frontais.
Sistemas de bordo avançados, como o CSW (Curve Speed Warning: alerta de velocidade nas curvas), "consultores" de eficiência de combustível e a interação homem-máquina dos sistemas de navegação também serão testados.
Benefícios na prática
Começando no início de 2010, nada menos do que 1.000 veículos de várias marcas europeias, equipados com os diversos sistemas inteligentes, serão testados em um período de um ano.
Esses veículos inteligentes permitirão a coleta de dados que deverão fornecer respostas sobre os impactos que esses sistemas têm de fato sobre a segurança, a eficiência e o conforto do motorista.
Será que vale a pena?
"Este será o primeiro teste operacional em grande escala desse tipo já feito, e o primeiro a incluir várias marcas de automóveis," afirmou Aria Etemad, coordenadora do Projeto EuroFOT (European Field Operational Test: teste operacional de campo europeu), durante o anúncio da campanha de testes.
O objetivo do projeto EuroFOT é fornecer indicações baseadas em dados científicos sobre os benefícios reais desses sistemas inteligentes que estão aos poucos sendo inseridos nos carros por vários fabricantes.
Os resultados dos testes de campo deverão contribuir para embasar melhor as decisões tanto dos fabricantes quanto dos compradores de automóveis, que poderão avaliar se vale a pena pagar mais por esses assistentes.

A dois meses de encontro crucial, reunião sobre clima termina dividida

Duas semanas de negociações conduzidas pela ONU terminaram nesta sexta-feira em Bangcoc, na Tailândia, sem que delegados de cerca de 180  países chegassem mais perto de um acordo para substituir o protocolo de Kyoto, sobre a redução de emissões de carbono, que expira em 2012.
A menos de dois meses da reunião sobre o clima mais importante do ano, que ocorre em dezembro na capital dinamarquesa, Copenhague, o mais alto representante da ONU para mudanças climáticas, Yvo de Boer, admitiu uma "contínua falta de clareza" em questões-chave para um possível acordo.
É em Copenhague que deve ser decidido um substituto do protocolo de Kyoto.
As principais pedras no caminho são estabelecer uma meta de emissões de carbono para os países desenvolvidos e definir uma "arquitetura financeira" para ajudar países mais pobres a realizar mudanças visando a combater a mudança climática.
Cientistas afirmam que, para evitar uma elevação de 2º C na temperatura do planeta, as nações industrializadas precisam nos próximos dez anos reduzir as suas emissões de carbono a um nível equivalente a entre 25% e 40% das emissões de 1990.
Entretanto, as negociações têm ficado muito aquém disso, e o percentual convencionado não passa de 23%.
Antes mesmo da reunião, o próprio de Boer disse que seria "muito difícil continuar trabalhando de boa fé a menos que vejamos um avanço nas cotas dos países industrializados e suas ofertas sobre a mesa".
Propostas
A proposta mais arrojada até o momento foi feita pela Noruega, que anunciou durante o encontro a meta de reduzir em 40% dos níveis de 1990 suas emissões de carbono em dez anos – coincidindo com o cenário mais ambicioso sugerido por cientistas.
Entretanto, nos Estados Unidos, um dos líderes do planeta em emissão de poluentes, um projeto aprovado na Câmara dos Representantes prevê chegar até 2020 com um corte de apenas 17% em relação aos níveis de 2005.
Isso representaria não mais de 4% abaixo dos níveis de 1990.
O país nunca sancionou o Protocolo de Kyoto e, nesta sexta-feira, o negociador americano no encontro, Jonathan Pershing, deixou claro que seu governo não aceitará uma extensão do atual entendimento, que exige de 37 países industrializados que cheguem a 2012 com um nível de emissões 5% menor que em 1990.
"Acho que será extraordinariamente difícil para os Estados Unidos se comprometer com um número específico na ausência de uma ação do Congresso", afirmou.
"Isso não significa que um acordo é possível. Também não significa que não teremos um número partindo do Congresso. A questão está aberta em relação ao podemos fazer, e isto é uma hipótese que não podemos realmente responder."
Ele reiterou a posição dos países industrializados de requerer de nações emergentes, como China, Brasil e Índia, semelhante compromisso legal.
Entretanto, essas nações alegam que querem contribuir para o combate ao aquecimento global, mas não às custas de seu próprio desenvolvimento. (Fonte: BBC)

outubro 18, 2009

Junte-se à luta pela justiça climatica


Dia Mundial da Alimentação é comemorado com alerta sobre segurança alimentar

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1979, o Dia Mundial da Alimentação está sendo comemorado hoje (16). A data serve como lembrete para a falta de alimentos no mundo. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 45 milhões de pessoas - 11 milhões são crianças - passem fome. Em São Paulo, a Ação de Cidadania Contra Fome, Miséria e Pela Vida organizou no centro da cidade uma feira com informações sobre a segurança alimentar.

Para André Luzzi, coordenador da campanha A Alimentação é um Direito Humano, ter acesso aos alimentos é um “direito social”. Por alimentação entende-se não apenas fornecer o alimento e sim a qualidade deste alimento", explicou Luzzi. De acordo com ele, doenças como a obesidade e a desnutrição fazem parte da temática da falta de alimentos. "A população carente compra alimentos de alto valor calórico e baixo valor nutricional”.

"Nós sugerimos recriar novas relações de consumo", afirmou. E uma das alternativas é incentivar a agricultura urbana, onde as pessoas plantem em pequenos espaços o que vão consumir, explicou.

A engenheira agrônoma da Secretaria de Verde e Meio Ambiente, Helen Elisa Bevilacqua, disse que com um pequeno recipiente e um pouco de terra em um local que tenha sol durante quatro horas diária é possível plantar alface, tomate e rúcula.

Luzzi sugere ainda mais investimentos em restaurantes populares. "Mas, não apenas para criar mais restaurantes, como também para servir as três refeições diárias", disse. O coordenador também propõe combater o desperdício de alimentos com mecanismos de abastecimento e distribuição mais eficientes. "Investir em sistemas locais de produção, por exemplo, diminuiria o preço", completou. (Fonte: Agência Brasil)

outubro 17, 2009

New Global Economic Ethic Manifesto Launched

(New York, 6 October 2009).  A new manifesto titled “Global Economic Ethic – Consequences for Global Businesses” was launched during a business ethics symposium at UN Headquarters today. Developed by Swiss-German theologian Hans Küng, President of the Global Ethic Foundation, the document aims at laying out a “common fundamental vision of what is legitimate, just and fair” in economic activities. First signatories of the manifesto include former President of Ireland and former UN Human Rights Commissioner Mary Robinson; Professor Jeffrey Sachs, Director of the Earth Institute at Columbia University; and Nobel Peace Prize Laureate Desmond Tutu, Anglican Archbishop emeritus of Cape Town. The document will be open for signature to individuals globally. Signatories of the manifesto commit to “being led by its letter and its spirit in their day-to-day economic decisions, actions and general behavior”. (Fonte: PRME - UN)

outubro 16, 2009

São Paulo aprova política de mudanças climáticas

Lei prevê que o Estado irá reduzir em 20% suas emissões de gás carbônico (CO2) até 2020

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na terça-feira, 13, a Política Estadual de Mudanças Climáticas. A lei prevê que o Estado irá reduzir em 20% suas emissões de gás carbônico (CO2) até 2020, em relação aos níveis de 2005. E, a cada cinco anos até 2020, o governo deverá fixar metas intermediárias para atingir o objetivo.

Esta é a primeira lei estadual com meta de corte de gases de efeito estufa aprovada no País. A lei municipal de mudança climática aprovada em junho tem meta mais ambiciosa: cortar até 2012 em 30% as emissões de gases-estufa, em relação às emissões verificadas em inventário de 2005.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, considerou a aprovação uma vitória e ressaltou que houve oposição do setor industrial, em razão da imposição do corte de CO2. O maior foco do governo para redução das emissões será o setor de transporte. A lei prevê, por exemplo, a adoção de metas para implantar rede metroferroviária, corredores de ônibus e um bilhete único para incentivar o transporte público.  (Fonte: Afra Balazina e Alexandre Gonçalves, O Estado de S. Paulo)

outubro 15, 2009

Ártico não terá mais gelo no verão dentro de dez anos

O polo Norte vai se transformar em mar aberto durante os meses de verão dentro de uma década, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (14) por uma equipe de exploradores que visitou o Ártico durante três meses.

A Equipe Catlin de Vistoria do Ártico, liderada pelo explorador Pen Hadow, mediu a espessura do gelo enquanto passava, a pé e de trenó, pela parte setentrional do Mar de Beaufort no polo Norte neste ano, durante um projeto de pesquisa. As descobertas mostram que a maior parte do gelo da região está em seu primeiro ano, com apenas 1,8 metro de profundidade e derreterá no próximo verão.

Tradicionalmente, a região contém gelo mais espesso, com camadas diversas, e que não desaparece tão rapidamente.

"Com uma parte maior da região agora tendo gelo de primeiro ano, ela está claramente mais vulnerável", disse o pesquisador Peter Wadhams, parte do Grupo de Física do Oceano Polar da Universidade de Cambridge, que analisou os dados.

"A área agora tem mais chance de se tornar mar aberto a cada verão, trazendo para mais perto a data potencial quando o gelo de verão terá desaparecido por completo".

Wadhams disse que os dados da Equipe Catlin apoia o novo consenso de que o gelo do Ártico desaparecerá no verão dentro de 20 anos, com a maior parte do derretimento tendo lugar nos próximos dez. (Fonte: Estadão Online)

outubro 14, 2009

Aviões poderão voar com quase 7% de biocombustíveis em 2020

A Agência internacional de Transportes Aéreos (Iata) prevê o uso de 6% a 7% de biocombustíveis nos aviões até 2020, para que o setor possa atingir as metas de redução das emissões de CO2, informou nesta terça-feira (13) seu presidente, Giovanni Bisignani.

"Prevemos até 2020 usar de 6% a 7% de biocombustíveis em nossos sistemas", explicou Bisignani a alguns jornalistas, no dia seguinte a um encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

A Iata trabalha atualmente no desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração, elaborados com algas, camelina ou jatrofa, que podem ser misturadas ao querosene comum.

"Devemos obter a certificação (destes biocombustíveis) no próximo ano", destacou Bisignani.

O diretor da Iata apresentou a Ban Ki-Moon na segunda-feira as metas de sua organização em termos de redução das emissões de CO2. A Iata representa 230 companhias aéreas e 93% do tráfego aéreo e prevê uma melhora da utilização do combustível nos aviões de 1,5% ao ano até 2020, além de uma redução da metade das emissões até 2050, em relação a 2005, e uma estabilização das emissões a partir de 2020.

Cita quatro caminhos possíveis para isso: o progresso tecnológico, entre eles o uso de biocombustíveis; as economias, como por exemplo uma mudança na capacidade máxima, no número de passageiros, dos aviões em água e em combustível; a melhora da pilotagem dos aviões, e uma melhor gestão do tráfego nos aeroportos.

"O setor aéreo, que emite aproximadamente 620 milhões de toneladas de CO2 ao ano, conseguiu reduzi-las em 70 milhões de toneladas ano passado graças às melhoras do controle do tráfego aéreo e um encurtamento de alguns itinerários", afirmou Bisignani. (Fonte: Yahoo!)

outubro 12, 2009

Grandes empresas emitiram 85,2 milhões de toneladas de gases de efeito estufa em 2008


O primeiro balanço do Programa Brasileiro GHG Protocol, que contabiliza as emissões de gases de efeito estufa de 27 grandes empresas brasileiras, mostra que em 2008 esse grupo emitiu 85,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida padronizada pela Organização das Nações Unidas, a ONU, para quantificar as emissões globais e que também inclui gases como metano e óxido nitroso). O montante representa 8,5% do total de emissões brasileiras no período, quando não se consideram as emissões oriundas do desmatamento e uso da terra.

O programa, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), é usado para calcular e inventariar as emissões de gases estufa produzidas pelas empresas para subsidiar medidas de mitigação.

De acordo com o levantamento, apresentado esta semana em um evento do setor empresarial sobre mudanças climáticas, das 27 empresas que aderiram ao programa, a Petrobras foi a que mais emitiu gases de efeito estufa no ano passado: 51 milhões de toneladas de CO2 equivalente, 59% do total inventariado pela FGV. A Votorantim aparece em seguida, com 18 milhões de toneladas, e a Alcoa vem em terceiro, com 2 milhões de toneladas de CO2 equivalente.

A contabilidade das empresas incluiu as emissões de gases de efeito estufa geradas a partir do uso de transportes em viagens, consumo de combustíveis e da disposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários (o que gera emissões de metano, um dos gases que mais potencializam o efeito estufa).

De acordo com a FGV, contabilizar as emissões pode auxiliar as empresas a entrar no mercado de carbono e a implementar projetos de eficiência energética. (Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)

Lula diz que Brasil não pode assumir meta de desmatamento zero


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (6) que o Brasil não pode assumir uma meta de desmatamento zero, em declaração feita durante a cúpula entre Brasil e União Europeia, em Estocolmo, na Suécia. Durante a reunião, o plano brasileiro de reduzir o desmatamento em 80% até 2020 foi defendido como modelo para outros países com florestas tropicais.

"Nem que fosse careca o Brasil pode assumir uma meta de desmatamento zero, porque sempre vai haver alguém que vai cortar alguma coisa. O que o Brasil está fazendo é algo muito revolucionário e muito forte", disse Lula, em resposta a uma reivindicação feita pela ONG Greenpeace, que realizou um protesto em frente ao local da cúpula.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, defenderam que o plano brasileiro de desmatamento seja adotado como modelo por outros países.

"O Brasil adotou um plano muito ambicioso em termos de desmatamento, que pode ser exemplo para outros países do mundo que também têm florestas tropicais", disse Barroso.

Reinfeldt, por sua vez, recordou que o desmatamento é responsável por mais de 20% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil.

Isso justifica a importância da iniciativa brasileira, que a União Europeia quer discutir durante a conferência sobre a mudança climática que as Nações Unidas (ONU) realizam em dezembro, em Copenhague, segundo o premiê sueco, cujo país exerce a presidência rotativa do bloco.

Ao mesmo tempo, do lado de fora do Palácio Rosenbad, onde os líderes brasileiros e europeus se reuniam, manifestantes da organização ambientalista Greenpeace pediam a Lula que "salve o clima" assumindo um compromisso de acabar com todo o desmatamento no país até 2015.

Responsabilidades - Na declaração dessa cúpula, Brasil e União Europeia defendem ainda que o acordo de Copenhague inclua metas de redução de emissões também para os países em desenvolvimento e ressaltam que os países mais ricos devem ajudar a financiar as medidas necessárias para atingir esses objetivos.
Lula insistiu que, para combater de maneira eficiente a mudança climática, cada país deverá assumir em Copenhague compromissos correspondentes a suas responsabilidades nos níveis de emissões globais.

"Temos que chegar em Copenhague sabendo exatamente quanto cada país emite de gases de efeito estufa. Desde Guiné Bissau, que não deve emitir nada, até os Estados Unidos, para que cada um assuma a responsabilidade pelo mal que está causando", defendeu.

"O bom senso e a maturidade devem prevalecer na cabeça dos dirigentes. É preciso levar em conta que a China não pode pagar o mesmo preço que a Inglaterra, que começou a industrialização 200 anos atrás."
Lula também voltou a defender o papel dos biocombustíveis no combate à mudança climática.

"Eu, se pudesse, levaria um carro a etanol lá para Copenhague e ficaria medindo quanto ele emite", disse.

A declaração da cúpula reafirma o compromisso do Brasil e da União Europeia em "promover o uso de fontes de energia alternativas, incluindo a produção e uso de biocombustíveis sustentáveis". (Fonte: Folha Online)

Brasil terá meta de redução de CO2 e a "cobrará" do mundo, diz Lula


Sem definir números, o Brasil se vê em posição de "cobrar todo mundo" e quer levar metas ambiciosas para a cúpula em Copenhague que definirá um novo tratado contra o aquecimento global.

"Assumimos uma posição de liderança que nos permitirá cobrar de todos, especialmente dos mais ricos, metas de redução claras e ambiciosas", afirmou o presidente Lula ao lado do premiê belga, Hermann Van Rompuy, que o recebeu no domingo (4).

Segundo o chanceler Celso Amorim, a mudança climática foi o principal tema do encontro. "(O Brasil) quer ir com números claros, para que ninguém possa se esconder atrás do Brasil e o Brasil também não se esconda."

Mas o país ainda não colocou que números seriam esses. "O número com relação a desmatamento está praticamente definido (reduzir cerca de 70% até 2017), e isso tem uma repercussão natural na queda das emissões."

O ministro retomou o discurso de que o ônus maior é dos países desenvolvidos, que começaram a poluir antes. "A gente fica preocupado também em os países ricos dizerem que eles têm uma meta X, mas aí metade daquele X na realidade é de mercado de carbono, que eles estão comprando de outros países", declarou. "Não somos contra o mercado, mas ele não pode diminuir as obrigações dos ricos."

Segundo Amorim, o Brasil costura um programa de princípios com a França para apresentar em dezembro. "Claro que tem uns detalhezinhos ainda", disse, sem se estender.  (Fonte: Luciana Coelho/ Folha Online)

Coalisão de 15 ONGs protesta contra revogação de legislação ambiental


Um total de 15 ONGs ambientais, entre elas SOS Mata Atlântica, WWF e Greenpeace, enviaram comunicado conjunto contra propostas de revogação da legislação ambiental brasileira nesta terça-feira (6), em tramitação no Congresso.

O comunicado alerta sobre o risco de "revogação ou modificação das principais leis ambientais brasileiras", como o Código Florestal brasileiro, a Lei de Política Nacional de Meio Ambiente, a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente e a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

"As organizações abaixo assinadas alertam a sociedade brasileira para a gravidade da proposta da bancada ruralista no Congresso Nacional (PLs 1876/99 e 5367/09) que tramita em comissão especial formada por maioria de parlamentares ligados ao agronegócio", dizem as ONGs.

Elas alegam que "os principais instrumentos de gestão ambiental em vigor como a criação de unidades de conservação, as reservas florestais legais, as áreas de preservação permanente, o licenciamento ambiental e o Conselho Nacional de Meio Ambiente poderão ser revogados ou enfraquecidos para atender exclusivamente por encomenda setorial dos ruralistas".

Desmatamento zero - Mario Mantovani, diretor de mobilização da SOS Mata Atlântica, comenta que, como o presidente Lula disse que não é possível para o Brasil cumprir as metas de desmatamento zero, "a liderança do governo levou essas declarações a sério e votou junto com a bancada ruralista na proposta de desmontar a legislação brasileira."

Mantovani afirma também que a mobilização das ONGs na terça-feira, junto com a Frente Parlamentar Ambientalista, conseguiu ao menos barrar por enquanto a iniciativa.

As ONGs responsáveis pelo comunicado são: Associação Preserve a Amazônia, Apremavi, Amigos do Futuro, Conservação Internacional, IPAM, Fundação SOS Mata Atlântica, Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Greenpeace, Grupo de Trabalho Amazônico, Rede de ONGs da Mata Atlântica, SOS Pantanal, Instituto Socioambiental (ISA), Instituto de Pesqusas Ecológicas, Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) e WWF. (Fonte: Folha Online)

Lula convoca EUA e China para combater aquecimento


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos EUA, à China e a outros países que façam sua parte na redução das emissões de gases causadores do efeito estufa para que haja sucesso na reunião sobre o aquecimento global que ocorrerá em Copenhague em dezembro. "Se resolvermos um pouco do problema nos EUA e Obama tentar convencer o Congresso e o senado (norte-americanos)" a aceitar objetivos mais ambiciosos para o clima, "então as coisas podem avançar", disse Lula durante uma entrevista coletiva em Estocolmo, onde participou de uma cúpula entre a União Europeia e o Brasil.

 "Temos de falar muito com a China e temos muito a conversar com a Índia", acrescentou. "Precisamos chegar em Copenhague sabendo o quanto cada país emite", desde as menores nações africanas, como a Guiné-Bissau, até os EUA. "Cada país deve assumir a responsabilidade pelo prejuízo que está causando ao meio ambiente", acrescentou. "A partir do momento em que sabemos o quanto os EUA ou a China emitem, saberemos quais esforços eles precisarão fazer."

Lula disse lamentar que os EUA tenham estabelecido metas relativamente baixas para o corte de emissões de gases, usando como base os níveis de 2005, e que a Europa tenha assumido o compromisso de reduzir em 20% o volume de emissões registrado em 1990.

A cúpula mundial sobre o aquecimento global ocorrerá entre os dias 7 e 18 de dezembro em Copenhague. A reunião tem como objetivo chegar a um acordo para evitar que a temperatura mundial suba mais de dois graus Celsius por meio da redução das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2015 e cortar estas emissões pela metade até 2050. As informações são da Dow Jones. (Fonte: Estadão Online)

Temperatura sobe a 400ºC em região da Jordânia

As autoridades jordanianas investigam a partir desta qaurta-feira (7) o que motivou um repentino aumento da temperatura até 400ºC em um local próximo a Amã, informaram fontes oficiais.

O fenômeno ocorreu na terça-feira, 6, em uma área de quase dois mil metros quadrados na província de Balqa, 15 quilômetros ao oeste de Amã, segundo o governador dessa província, Abdul Khalil Sleimat.

"O fenômeno foi descoberto por acaso quando ovelhas entraram no terreno enquanto estavam pastando", disse o governador.

Sleimat contou que, de acordo com os pastores que cuidavam das ovelhas, os animais "foram completamente queimados e desapareceram".

As autoridades isolaram a área e retiraram os moradores do local, acrescentou o governador.

O Governo jordaniano deixou a investigação do fenômeno a cargo de um painel formado por diversos departamentos e instituições acadêmicas.

O chefe da associação jordaniana de geólogos, Bahjat Adwan, descartou a presença de qualquer atividade sísmica ou vulcânica na área.

O diretor do Conselho de Recursos Naturais da Jordânia, Maher Hijazin, informou que certos materiais orgânicos podem ter se juntado e reagido sob a superfície, gerando o inusitado aumento de temperatura.

Hijazin também destacou que há uma rede de água e esgoto que lança seus resíduos na região. (Fonte: Estadão Online)

outubro 11, 2009

Cúpula Amazônica de Governos Locais conclui Carta de Manaus



Representantes dos governos locais da Amazônia se comprometeram nesta sexta-feira (9) a criar metas de redução do desmatamento da floresta. Em um documento intitulado Carta de Manaus, eles pedem a implementação de projetos de Redução de Emissões Decorrentes de Desmatamento e Degradação (REDD) "que abordem o aspecto socioambiental das reduções das emissões de gases de efeito estufa proporcionando benefícios para as comunidades da floresta e para o meio ambiente e com a participação dos municípios no controle local e na tomada de decisões".
O documento foi elaborado durante os três dias da Cúpula Amazônica de Governos Locais e teve como objetivo discutir a inclusão da Amazônia nas discussões internacionais sobre mudanças do clima. A carta será enviada a Copenhague, na Dinamarca, onde será realizada, em dezembro, a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 15).
No documento, os governantes também declararam a necessidade da "formulação de programas de compensação por serviços ambientais aliados ao manejo ou manutenção da cobertura florestal como agricultura familiar e outros que impliquem na melhoria do desenvolvimento humano das comunidades da região amazônica"
Além disso, afirmam "ser fundamental o acesso direto a recursos para o fortalecimento das capacidades locais de elaborarem projetos, produção de conhecimento científico e domínio de tecnologias para o monitoramento ambiental".
Os governos locais também se comprometem, na Carta de Manaus, a adotar "metas municipais de redução de desmatamento e degradação florestal negociadas com os diversos setores da sociedade".
Outro ponto que consta no documento é a criação do Fórum Permanente de Governos Locais da Amazônia para Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável "que permita a troca de experiências e a solidariedade entre os governos, com poder deliberativo, a ser reconhecido pela Comunidade Internacional e Governos Nacionais".
O secretário-geral da Federação Latino Americana de Cidades Municípios e Associações (Flacma), Guillermo Tappia, definiu a Carta de Manaus como "a evidência de nossos anseios, demandas e compromissos".
Já a diretora regional do Iclei da América Latina, uma associação de governos locais voltadas ao desenvolvimento sustentável, Laura de Macedo, disse esperar que "agora as cidades sejam vistas como guardiãs da floresta junto com as comunidades tradicionais".
A Cúpula Amazônica de Governos Locais foi promovida pela Confederação Nacional de Municípios, Associação Amazonense de Municípios e pela prefeitura de Manaus. (Fonte: MMA)