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dezembro 19, 2009

Em Copenhague, Marina Silva compara aquecimento global à escravidão e Holocausto


A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva pediu nesta quinta-feira (17) que os dirigentes mundiais não deixem a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) sem o compromisso necessário para salvar o planeta. As informações são da agência portuguesa Lusa.

Marina chegou a comparar os perigos provocados pelo aquecimento global à escravidão e ao Holocausto. “São acontecimentos tão graves que não podemos puni-los nem perdoá-los”, disse. “Se partirmos de Copenhague sem acordo, será do mesmo nível, o mal absoluto", acrescentou. (Fonte: Radiobrás)

Projeto de Norma para Aterros de Pequeno Porte recebe contribuições até 18 de janeiro


As pessoas interessados em mudar a atual situação dos lixões no Brasil podem contribuir com informações para o projeto de Norma para Operação de Aterros Sanitários de Pequeno Porte, que está em consulta nacional pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), até 18 de janeiro de 2010.

O projeto é resultado do esforço articulado entre os Ministérios do Meio Ambiente, Cidades e Saúde, por intermédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e da dedicação, de mais de quatro anos, de técnicos da área de saneamento e de órgãos ambientais dos diferentes estados brasileiros.

A proposta tem por objetivo a melhoria das condições da destinação final dos resíduos sólidos nos municípios de pequeno porte, superando assim o quadro de predomínio de lixões no cenário nacional.

A aprovação da Norma é de fundamental importância para o setor de Saneamento Básico, pois complementa o esforço da sociedade e principalmente dos governos federal, estadual e municipal em oferecer uma alternativa tecnológica ambientalmente e economicamente viável de destinação final de resíduos, que se adequa à realidade brasileira.

A Norma também vai disciplinar as questões relativas à operação de aterros sanitários de pequeno porte de uma forma geral. Entretanto, cada região do Brasil tem suas especificidades e por esta razão os empreendimentos deverão ser adequados à realidade local. Ou seja, a Norma passa a ser um norteador para os procedimentos, que quando necessário deverão sofrer adequações em função das particularidades regionais do país.

Depois de aprovada, a Norma complementará a Resolução nº 404/08 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que trata de licenciamento simplificado de aterros de pequeno porte e orientará os procedimentos que o empreendedor deve cumprir, considerando os aspectos técnicos, ambientais, legais e com custos reduzidos.

A consulta é um processo democrático de participação e permite que sejam apresentadas contribuições. Assim, as técnicas e técnicos em cada região do país, bem como as instituições interessadas, podem e devem colaborar para que o projeto contemple a diversidade regional nos seus vários componentes, tais como a composição dos resíduos, os diferentes ambientes, as condições de solo, os regimes pluviométricos, entre outros aspectos diversos que podem ser incorporados à Norma. (Fonte: MMA)

Finaliza un taller para jóvenes emprendedores en Santa Fe

Hoy, jueves 17 de diceiembre, a las 18, se realizará en la Universidad Católica de Santa Fe (UCSF) el acto de clausura del Taller Teórico- Práctico: "Gestión Integral de Residuos Sólidos para Jóvenes Emprendedores" en las instalaciones de la Vecinal República del Oeste, sita en calle Av. Freyre 2600.

El taller estuvo orientado a la capacitación y fortalecimiento de competencias para que los participantes puedan crear su propio emprendimiento, dado que sin una inversión previa y con el suministro de herramientas y material por parte del curso, pudieran lograr un producto final comercializable: COMPOST (abono orgánico muy utilizado en la producción frutihortícola y en viveros).

Este taller se realizó entre los días 13 de noviembre y 17 de diciembre con un total de 120 horas cátedras con evaluación y fue presentado y aprobado en el marco del Programa Formación para el Trabajo ? Protocolo 2009 del Ministerio de Trabajo y Seguridad Social y el Ministerio de Educación de la Provincia de Santa Fe.

El dictado estuvo a cargo de docentes especializados en la temática pertenecientes al Instituto de Investigaciones Científicas y Técnicas de la Facultad de Ciencias de la Tierra y el Ambiente, en las instalaciones que el Movimiento Juvenil Libertador San Martín del Barrio Santa Rosa de Lima. Cabe aclarar que los jóvenes que participaron de dicha actividad pudieron asistir, en varias oportunidades, a los laboratorios de la Universidad UCSF para realizar los trabajos prácticos programados oportunamente.

Fuente: Prensa, UCSF.

Astrônomos alemães descobrem mar em lua de Saturno

Astrônomos alemães descobriram na lua Titã, que orbita o planeta Saturno, um gigantesco mar, maior que o Mar Cáspio, considerado o maior mar interno da Terra. Nesta quinta-feira (17), o Centro Alemão Aeroespacial (DLR) anunciou que o mar de Titã, descoberto por membros do instituto de estudos planetários de Berlim do DLR, tem uma superfície de até 400 mil quilômetros quadrados.

Batizado como "Krake Mare", o mar descoberto no satélite de Saturno não é composto de água, mas de metano líquido ou de outro tipo de hidrocarboneto.

O mar está no polo norte de Titã e sua descoberta foi possível graças às imagens obtidas pela sonda americana Cassini. Um espectômetro de mapeamento visual e infravermelho (VIMS, na sigla em inglês) permitiu ver um brilho, similar ao reflexo do sol sobre o mar.

A novidade será apresentada amanhã na convenção anual da União Americana de Geofísica (AGU, na sigla em inglês) em San Francisco. O anúncio ocorre um ano após a descoberta de um mar de etano líquido no polo sul de Titã.

Com um diâmetro de 5,15 mil quilômetros, Titã é o segundo maior satélite de nosso sistema solar - depois de Ganimedes, que orbita em torno de Júpiter - e o único que conta com uma densa atmosfera.

Por causa de sua atmosfera carregada de nitrogênio, Titã se parece com o antigo estado da Terra. Os cientistas alemães entendem que na natureza só pode brilhar assim uma superfície líquida.

O nome do mar, "Krake Mare", tem origem em um monstro marinho das sagas nórdicas, um polvo ou lula gigante que atacava os navios e devorava os marinheiros. (Fonte: G1)

novembro 27, 2009

Nos transformar para a sustentabilidade

A sustentabilidade precisa começar desde nosso interior, requer de uma profunda transformação de nossos valores, principios, conceitos e paradigmas. Requer que aprendamos um novo modelo para solucionar os problemas que temos hoje. Assista este video, que claramente deixa uma profunda mensagem para você poder refletir sobre seu papel como parte desta sociedade.

novembro 24, 2009

Cúpula sobre clima da ONU tem presença confirmada de 60 líderes mundiais

Mais de 60 chefes de Estado e de governo de todo o mundo confirmaram até
agora presença na cúpula mundial sobre clima das Nações Unidas, marcada para
dezembro em Copenhague, anunciou o primeiro-ministro dinamarquês, Lars
Rasmussen, nesta segunda-feira (23).

No entanto, um dos líderes mais aguardados, o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, ainda não confirmou presença na capital dinamarquesa.

Também está aberta ainda a ida à cúpula dos líderes de China e Índia, países
que são considerados fundamentais na luta contra o aquecimento global no
planeta.

Durante a cúpula, que será realizada entre 7 e 18 de dezembro e na qual se
espera nos últimos dias os chefes de Estado e governo da maioria dos países
da ONU, devem ser concretizados passos para limitar o aumento da temperatura
sobre a superfície do planeta em consequência das emissões de gases.

O chefe de governo dinamarquês enviou há duas semanas os convites aos
principais líderes dos 192 países da ONU e apelou a todos eles para que
estejam presentes para ressaltar a importância do acontecimento para o
futuro da Terra.

A presença de Obama e dos líderes das mais importantes nações emergentes na
cúpula de Copenhague é considerada crucial para que se alcancem avanços na
luta contra o aquecimento do planeta. (Fonte: Folha Online)

Degelo gerará US$ 28 bilhões em danos nas cidades litorâneas

Inundações em mais de uma centena de grandes cidades em consequência do
degelo poderão causar danos em um valor de até US$ 28 bilhões (18,8 bilhões
de euros) em 2050, segundo um estudo do WWF (Fundo Mundial para a Natureza)
divulgado nesta segunda-feira (23).

"Se a temperatura aumentar entre 0,5 e 2 graus até 2050, então é possível
que o nível dos mares suba meio metro, provocando importantes danos
econômicos", explicou a diretora de Clima e Energia da WWF Suíça, Ulrike
Saul.

Um eventual aumento como esse do nível dos mares provocará danos avaliados
em US$ 28 bilhões nas 136 cidades portuárias mais importantes do mundo,
segundo o estudo, do qual também participou a companhia de seguros alemã
Allianz.

"Se as políticas atuais em matéria de proteção do clima não mudarem, o mais
provável é que cheguemos a um aumento de dois graus em 2050", ressaltou
Saul.

A costa nordeste dos Estados Unidos é uma região que será muito afetada pela
elevação do nível do mar, que neste caso poderá superar em 15 centímetros o
aumento médio mundial.

Em Nova York, "o aumento do nível do mar poderá ser agravado por um aumento
da frequência e da gravidade das tempestades e furacões", indica o estudo.

Associado a uma elevação do nível do mar, um furacão de categoria 4 que
afetar essa cidade norte-americana poderá gerar mais de US$ 5 bilhões em
danos em 2050, contra US$ 1 bilhão estimado atualmente, segundo a WWF.

"Esta é a razão pela qual devemos agir para impedir um aumento da
temperatura superior a dois graus em relação às temperaturas
pré-industriais", adverte um dos diretores da WWE Suíça, Walter Vetterli,
citado em comunicado.

Para conseguir isso, os países industrializados deverão reduzir suas
emissões de CO2 (dióxido de carbono) em 40% até 2020, estima a organização,
que exorta os governos que participarão da cúpula sobre o clima da ONU, que
será realizada no próximo mês em Copenhague, a adotar "um acordo ambicioso e
vinculante" para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
(Fonte: Folha Online)

Brasil tem metas ambiciosas, mas possíveis para reunião do clima, diz Banco Mundial

O Brasil tem metas ambiciosas para a reunião sobre mudanças climáticas que
será realizada em dezembro, mas que podem ser alcançadas na avaliação da
economista chefe do Banco Mundial e coautora do Relatório Desenvolvimento e
Mudanças Climáticas, Marianne Fay. "São bastante viáveis e ambiciosas e
podem ter consequências bastante positivas para a economia brasileira",
afirmou.

O Brasil vai levar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, em Copenhague, uma proposta de reduzir as emissões de gases do
efeito estufa no intervalo de 36,1% a 38,9%, até 2020.

Ela disse ainda que as mudanças climáticas vão trazer impacto para as
economias, principalmente dos países em desenvolvimento, cujas economias
dependem dos seus ecossistemas e de capital natural para a produção.

"A estimativa é de que na África e no sul asiático a renda anual per capita
vai abaixar entre 4% e 5%. O que é estimado para o Brasil também, que é um
país bastante vulnerável porque grande parte da sua economia depende do meio
ambiente e da agricultura, que são setores muito vulneráveis a mudanças
climáticas", explicou.

O coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Banco
Mundial, Mark Lundell, disse que para o Brasil alcançar a meta de redução de
emissões de gases de efeito estufa serão necessários bilhões de dólares.

"A estimativa de demanda para implementar as metas ambiciosas do Brasil é de
US$ 15 a US$ 20 bilhões por ano. Em termos de fontes sempre vai haver
participação do setor privado, principalmente em termos de novas
tecnologias. Do lado das finanças, também vai haver bancos como o BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento), Bird (Banco Mundial)", afirmou.

Em relação aos aspectos mundiais, a coautora do relatório, Marianne Fay,
disse que a principal mensagem do estudo é que tanto países ricos como
pobres devem se unir para que haja uma efetiva redução dos efeitos do
aquecimento global.

"A mensagem principal é que temos que atuar juntos e diferentemente. Não
temos tempo a perder temos que começar imediatamente com metas ambiciosas e
isso deve partir dos países ricos", afirmou.

Ela disse ainda que serão necessários entre US$ 140 e US$ 175 bilhões ao ano
para investimentos em ações de mitigação. (Fonte: Agência Brasil)

Concentração de gases-estufa é a maior já registrada, diz agência da ONU

A Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), agência das
Nações Unidas, afirmou nesta segunda-feira (23) que os gases causadores do
efeito estufa, fenômeno que gera altas incomuns da temperatura global,
alcançaram em 2008 os maiores níveis desde 1750.

Desde 1990, a ação do dióxido de carbono, do metano e do óxido nitroso - os
três gases-estufa de longo prazo - de "aprisionar" a radiação solar se
intensificou 26,2%. Entre 2007 e 2008, a alta foi de 1,3%.

O nível de dióxido de carbono (CO2) chegou a 385,2 ppm (partes por milhão,
ou número de moléculas do gás a cada milhão de moléculas de ar). Antes da
Revolução Industrial, a concentração de CO2 na atmosfera mantinha-se estável
em aproximadamente 280 ppm. O dióxido de carbono, com uma concentração
atmosférica 38% superior à vigente na era pré-industrial,responde por 63,5%
do efeito-estufa total. Responde, contudo, por 85% da alta do fenômeno na
última década e por 86%, nos últimos cinco anos.

O metano (CH4) é culpado por 18,2% do bloqueio de radiação. Antes da era
industrial, apresentava uma concentração de aproximadamente 700 ppb (partes
por bilhão, ou número de moléculas do gás a cada bilhão de moléculas de ar).
No ano passado, havia alcançado 1.797 ppb, uma alta de 157%.

O óxido nitroso (N2O) contribui com 6,2% do efeito estufa global. Saltou 19%
da era pré-industrial para cá. Eram 270 ppb. Agora são 321,8 ppb.

Os números constam do "Greenhouse Gas Bulletin".

Copenhague - A WMO monitora a concentração desses gases na atmosfera por
meio de uma rede de estações localizadas em mais de 50 países.

O boletim divulgado nesta segunda-feira é o quinto de uma série anual
iniciada em 2004 e é divulgado às vésperas da Conferência da ONU sobre
mudanças climáticas, que será realizada de 7 a 18 de dezembro, em
Copenhague, na Dinamarca.

A reunião de Copenhague tem como objetivo fechar um novo acordo global sobre
o clima para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Mais de 60 chefes de Estado e de governo, entre eles o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler
alemã, Angela Merkel, já confirmaram participação na reunião.

O chefe da agência, Michel Jarraud disse em coletiva de imprensa, em
Genebra, que os dados da WMO mostram que o mundo está "de fato mais próximo
do cenário mais pessimista" em relação ao aquecimento global nos próximos
anos.

"Isso reforça o fato de que é preciso adotar medidas o mais rápido
possível", disse. "Estamos esperando que Copenhague dê origem a uma decisão
significativa em relação aos gases do efeito estufa. Quanto mais adiarmos
uma decisão, maior será o impacto."

O pior cenário quanto ao aquecimento global, divulgado pelo Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) em um
relatório de 2007, prevê um aumento de temperatura de entre 2,4ºC e 6,4ºC
até o fim do século. (Fonte: G1)

Pesquisadores encontram milhares de espécies marinhas que vivem sem sol

Um grupo de pesquisadores que está catalogado a vida no oceano se mostrou
surpreendido com a descoberta de milhares de espécies encontradas em grandes
profundidades, onde quase nunca chega a luz solar.

Os cientistas do CVM (Centro da Vida Marinha), projeto internacional que
apresentará em 2010 sua primeira listagem da vida oceânica, já registaram
17.650 espécies que vivem a mais de 200 metros de profundidade e outras
5.722 que habitam a mais de um quilômetro sob a superfície da água. É o que
os estudiosos definem como zona do crepúsculo, lugar onde a ausência de luz
impede o processo de fotossíntese e supostamente a existência de uma flora
ativa.

Os pesquisadores também se mostraram surpresos com a diversidade de vida
existente em profundidades abissais, onde se pode encontrar numerosos
organismos vivos.

Robert Carney, um dos coordenadores do projeto, destacou que "é difícil
entender como há tanta diversidade" no fundo dos mares e oceanos.

Entre as criaturas mais estranhas encontradas pelos investigadores está um
polvo de dois metros que vive a 1,5 quilômetro de profundidade.

Eles destacaram ainda a existência de uma larva marinha flagrada enquanto
ingeria uma substância petrolífera em águas do golfo do México.

Carney frisou que a grande maioria das criaturas recolhidas são novas para a
ciência e que, das 680 espécies de copépodes (um grupo de crustáceos)
recolhidas, apenas sete são conhecidas. (Fonte: Folha Online)

Calotas polares leste e oeste da Antártida derretem, mostra pesquisa

A calota polar da parte oriental do continente antártico está afundando,
assim como a parte ocidental, segundo um estudo publicado pela revista
"Nature Geoscience".

As calotas polares retêm enormes quantidades de água em forma de gelo. O
degelo total da calota da Groenlândia (próxima ao polo Norte) provocaria uma
elevação do nível dos mares de quase sete metros, e o desaparecimento da
calota antártica (polo Sul) uma alta superior a 70 metros.

"Nossos resultados mostram que a calota polar do oeste do continente
antártico perde gelo a um ritmo acelerado desde 2005 ou 2006, enquanto o
leste do continente deu sinais do mesmo tipo durante o período", afirma o
estudo.

"Estas mudanças são atribuídas a uma aceleração da perda de gelo nas regiões
costeiras do leste do continente antártico", destacam os autores.

Antes de chegar a este resultado, que implica uma alta mais intensa do que o
previso do nível dos mares em um futuro próximo, os cientistas colaboradores
de Jianli Chen, da Universidade do Texas, em Austin (EUA), examinaram sete
anos de dados transmitidos pelos dois satélites Grace entre abril de 2002 e
abril de 2009.

Para o oeste da Antártida, a perda anual está avaliada em 132 gigatoneladas
anuais, com uma incerteza de 26 gigatoneladas; para a parte oriental do
continente, a perda é de menos de 57 gigatoneladas anuais, com uma incerteza
de 52 gigatoneladas.

Até agora, a parte oriental da calota polar era considerada em equilíbrio,
com uma leve alta.

"A Antártida em breve pode contribuir de maneira significativa para a alta
do nível dos mares", concluem os autores do estudo. (Fonte: Folha Online)

Stephanes prevê caos no campo sem mudanças na legislação ambiental

Cada vez que os debates sobre meio ambiente ganham mais espaço na sociedade
e no próprio governo, a polêmica em torno do Código Florestal Brasileiro se
torna mais evidente. Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da
Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que a legislação tem que ser
reformulada, "sob pena de criar um caos no setor rural".

"Se não for feito de forma racional, vai acontecer de forma irracional.
Daqui a pouco haverá agricultores no Rio Grande do Sul fechando estradas e
tratores na rua", afirmou.

A uma pergunta se a situação poderia ser comparada ao bloqueio de estradas
feito no ano passado por produtores rurais argentinos em reação ao aumento
de impostos cobrados pelo governo da presidente Cristina Kirchner, o
ministro respondeu que se nada for definido, "vai ficar muito pior". "Daqui
a pouco, vai ter movimentos fortes. Só não tem ainda, embora haja uma
insegurança jurídica muito forte, porque a legislação não está sendo
aplicada", previu.

Para Stephanes, a solução do problema passa por três caminhos: a criação de
um grupo de inteligência para estudar e analisar a realidade do setor rural
e as falhas no código, a aplicação da lei sem retroatividade e a
desapropriação, com indenização, de áreas em que se comprovem prejuízos ao
meio ambiente, transformando-as em reservas ambientais, ou obrigação de
mudança do modo de produção. No último caso, o governo induziria o
agricultor a produzir com sustentabilidade por meio de assistência técnica e
financiamentos para adoção de tecnologias adequadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve prorrogar, nos próximos dias, o
prazo de 11 de dezembro, previsto no Decreto nº 6.514, para o início da
aplicação de sanções aos proprietários rurais que não tiverem sua reserva
legal – percentual mínimo de vegetação nativa preservado – de acordo com a
legislação. Atualmente, a área exigida varia de 80% da propriedade, na
Amazônia, a 20% na Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal, sendo de 35%
no Cerrado. (Fonte: Agência Brasil)

novembro 18, 2009

EUA e China querem acordo com "efeito imediato" em Copenhague, diz Obama

Estados Unidos e China desejam que a conferência internacional sobre o clima, no próximo mês em Copenhague, resulte em um acordo com "efeito imediato", mesmo que o objetivo inicial de chegar a um acordo de cumprimento obrigatório esteja fora de alcance, anunciou o presidente americano Barack Obama em uma entrevista coletiva em Pequim ao lado do colega Hu Jintao.

A declaração acontece depois do clima pessimista de domingo (15), em que líderes mundiais, incluindo Obama e o anfitrião de Copenhague, o primeiro-ministro da Dinamarca Lars Lokke Rasmussen, haviam concordado em adiar um acordo legal e definitivo; na segunda-feira (16), o dinamarquês indicou o novo prazo de 2010.

Do mesmo modo, a declaração acontece depois de uma reunião com o presidente chinês, Hu Jintao, que pressionava por um resultado robusto em Copenhague e se recusou a apoiar uma proposta de destravar as negociações por meio de um acordo político menos ambicioso.

Depois de destacar progressos na questão nas conversações com o presidente Jintao, Barack Obama declarou: "Sem os esforços da China e dos Estados Unidos, os maiores consumidores e produtores de energia, não pode haver soluções".

"Concordamos em trabalhar juntos para alcançar um êxito em Copenhague", completou Obama.

"Nosso objetivo não é um acordo parcial, nem uma declaração política, e sim um acordo que cubra todas as questões nas negociações e que tenha um efeito imediato".

Maiores poluentes - China e Estados Unidos são os dois maiores poluentes do planeta e muitos países esperam iniciativas das duas grandes potências econômicas na Conferência sobre o Clima, prevista de 7 a 18 de dezembro para a capital da Dinamarca.

Em um comunicado conjunto, os dois países reiteram que um acordo em Copenhague deverá estar "baseado no princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas", com metas de redução de emissões por parte dos países desenvolvidos e ações nacionais apropriadas de atenuação por parte dos países em desenvolvimento".

A comunidade internacional havia estabelecido o prazo de dezembro deste ano para chegar a um acordo para combater o aquecimento global a partir de 2013, mas houve um racha entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre quem deve reduzir emissões, em quanto e quem deve pagar por isso.

Obama, que publicamente defende uma ação forte contra a mudança climática mas sofre para aprovar uma legislação de cumprimento obrigatório no Congresso dos EUA, defende a proposta de adiamento para 2010 do acordo de cumprimento legal obrigatório. (Fonte: Folha Online)

Amazônia absorve menos carbono do que o estimado

A floresta amazônica, conhecida mundialmente como sendo responsável pela absorção de grandes quantidades de carbono da atmosfera, pode estar executando a tarefa em escala bem menor do que acredita boa parte da comunidade científica internacional.

A constatação é do pesquisador Júlio Tota, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) e do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).

De acordo com o pesquisador, o resultado partiu de um trabalho comparativo entre o monitoramento das trocas gasosas entre a biosfera e a atmosfera na região amazônica feitas por duas torres do Programa LBA e um trabalho paralelo de monitoramento, realizado pelo pesquisador ao longo de seis anos.

Fluxos verticais - As torres de monitoramento do Programa LBA, responsáveis por medir os "fluxos verticais" de vapor de água, energia e gás carbônico entre a floresta e a atmosfera, ficam situadas em dois pontos distintos da região amazônica: na Floresta Nacional do Tapajós, em Santarém (PA), e na Reserva Biológica do Cuieiras, em Manaus.

A pesquisa de Tota consistiu na instalação - ao redor das torres - de equipamentos complementares que permitiram monitorar, também, o chamado "escoamento horizontal" do carbono.

Método atual não é preciso - "O atual modo de monitoramento, criado nos anos 50 e que é usado pelas torres do Programa LBA, leva em consideração duas variáveis, que são o fluxo vertical turbulento e o fluxo de armazenamento abaixo do nível de medida, em geral acima da floresta", explica o cientista.

O método, conhecido como Covariância de Vórtices Turbulentos - ou Eddy Covariance System (ECS), mede as trocas líquidas de gases do ecossistema (também conhecido como Net Ecosystem Exchange - NEE) -, e segundo Tota, o mesmo não é suficientemente preciso para definir exatamente o saldo resultante médio entre a absorção e a liberação de gás carbônico por parte da floresta.

"O método não considera um processo que agora sabemos ser importante para minimizar as incertezas das estimativas, que são os fluxos horizontais de gases dentro da floresta, muito comuns em áreas de topografia com presença de declives e vales, como a que existe nas proximidades de Manaus", explica Tota.

Fluxos horizontais - O trabalho começou em 2003, em Santarém, que possui relevo relativamente suave e mais homogêneo em relação a Manaus. Apesar disso, o experimento mostrou a existência de fluxos horizontais de gás carbônico, chamados por ele "escoamento horizontal ou drenagem" de gases.

"A simples existência deste novo processo levam a ser questionáveis as estimativas de grande absorção de gás carbônico reportadas por estudos já realizados na Amazônia sobre as trocas de gás carbônico entre a biosfera e a atmosfera", afirma o cientista.

Tota ressalta ainda que em Manaus, a partir de 2005, o resultado de seu estudo serviu para demonstrar que a mesma metodologia de medidas para Santarém não foram adequadas e suficientes para estimar quantitativamente os fluxos horizontais.

"O terreno mais acidentado tornou a análise dos fluxos horizontais mais difícil de ser feita, pois as interações das micro-circulações do ar acima e abaixo da floresta e a distribuição espacial do gás carbônico precisariam de maior detalhamento experimental e equipamentos para serem quantificadas", diz.

Relevo era ignorado - Quando foi criado, o método de ECS - usado atualmente em todo o planeta para estimar o NEE - não considerava processos de escoamento horizontal oriundos das variações de relevo das áreas estudadas.

Em um primeiro momento, o método pareceu apresentar resultados satisfatórios quando aplicado para monitoramento em escala de tempo não muito longa e sob condições ideais de relevo e homogeneidade da superfície.

"Isso acontecia porque o método foi pensado para se aplicar em áreas sem relevo e homogêneas, onde foi testado inicialmente nos anos 50. As análises das estimativas feitas por outros métodos foram comparativamente muito próximos aos de ECS, o que o fez ser aceito como preciso", analisa Tota.

"Fumaças coloridas" - Quando iniciou o experimento em Manaus, Júlio Tota realizou um processo curioso para definir, no entorno da área de alcance da torre principal do LBA, os locais para a instalação dos equipamentos complementares de monitoramento.

"Eu usei equipamentos para liberar fumaça colorida em várias partes da área estudada. Desta forma pude observar o deslocamento das camadas de ar entre as árvores sob os declives e vales", explica.

Com isso, Tota observou que boa parte das camadas de ar se moviam de forma a acompanhar o declive da área. "Em muitos casos, o deslocamento desceu até os vales, em uma trajetória que fugia completamente do alcance do monitoramento da torre do LBA, que analisa, principalmente, o deslocamento vertical e as camadas mais superiores", diz, ressaltando que, por esta razão, os resultados estimados pelas torres passariam a ser considerados incompletos. (Fonte: Site Inovação Tecnológica)

Rótulos revelam emissão de CO2 na produção dos alimentos

Ao comprar uma caixa de aveia uma cliente se deparou com um rótulo que dizia: “impacto climático declarado: 0,87 kg CO2 por kg do produto”.

Apesar de ainda causar estranheza nos consumidores, se der certo a experiência pode trazer bons resultados. Algumas embalagens dos produtos na Suécia agora apresentam rótulos indicando o nível de emissão de CO2 associado à produção de alimentos.

Essa experiência já vem sendo vista em produtos de supermercados e menus de restaurantes e lanchonetes suecas. Especialistas dizem que algumas pessoas podem achar a iniciativa inútil, mas ressaltam que mudar a dieta de uma pessoa pode ser tão eficiente no combate ao aquecimento global quanto trocar o carro ou aposentar as máquinas de secar roupa, por exemplo.

Noruega se lanza a experimentar la captura de CO2 - Construye el mayor prototipo del mundo para centrales térmicas

En la costa occidental de Noruega, junto a la refinería de Mongstad (una de las mayores del país), avanzan a buen ritmo las obras de lo que será una planta experimental a gran escala para separar el dióxido de carbono en los flujos generados en la combustión de carbón y de gas natural de las centrales térmicas para generación de electricidad. La planta, que empezará a funcionar en 2011, es ahora mismo el buque insignia del proyecto global de captura y almacenamiento de CO2

Dos plataformas de extracción de gas inyectan carbono en el subsuelo

En la planta de Mongstad se retirarán 100.000 toneladas de CO2
-o, más popularmente, secuestro de carbono- de Noruega, un país líder en estas tecnologías. "Este es el mayor proyecto del mundo, y, seguramente, el más versátil de captura de carbono tras una combustión", afirma Sverre Overa, director del proyecto.

En Mongstad se ensayarán dos tecnologías alternativas, pero la planta cuenta con una zona para instalar el prototipo de una tercera aún por definir. "La idea es desarrollar y poner a punto estas tecnologías, capturando unas 100.000 toneladas de CO2 anualmente durante los cinco años de ensayos y hacerlas económicamente competitivas, viables comercialmente", explica Kari Gro Johanson, líder de los proyectos relacionados con el CO2 en la sede de Statoil, la empresa estatal noruega que los ejecuta.

Las emisiones por CO2 han aumentado un 29% entre 2000 y 2008


Las emisiones por dióxido de carbono (CO2) procedentes de los combustibles fósiles han aumentado un 29 por ciento entre 2000 y 2008, según un estudio de la Universidad de East Anglia en Norwich (Reino Unido) que se publica en la revista 'Nature Geoscience'.

Un equipo internacional de científicos bajo el paraguas del Proyecto de Carbono Global informa ahora que en los pasados 50 años la fracción media de emisiones de CO2 que se mantuvo en la atmósfera cada año fue de alrededor del 43 por ciento, el resto fue absorbido por los sumideros de carbono del planeta en la tierra y los océanos.

Según señalan los investigadores, durante este tiempo esta fracción probablemente ha aumentado del 40 al 45 por ciento, lo que sugiere una disminución en la eficacia de los sumideros naturales. Los investigadores aportan pruebas de que estos sumideros están respondiendo al cambio climático.

Los científicos informan de un aumento del 29 por ciento en las emisiones globales de CO2 procedentes de combustibles fósiles entre el 2000 y el 2008 y esto a pesar de que el aumento de las emisiones mundiales disminuyó en un 2 por ciento durante 2008. El uso de carbón como combustible ha superado a la gasolina y los países en desarrollo emiten ahora más gases efecto invernadero que los países desarrollados.

Según explica Corinne Le Quéré, directora del estudio, "la única forma de controlar el cambio climático es a través de una reducción drástica de las emisiones globales de CO2. Los sumideros de carbono de la Tierra son complejos y desconocemos ciertos aspectos, en particular sobre nuestra capacidad para vincular las emisiones de CO2 inducidas por los humanos con las concentraciones de CO2 atmosféricas año a año. Pero si podemos reducir la incertidumbre sobre los sumideros de carbono, nuestros datos podrían utilizarse para verificar la eficacia de las políticas climáticas".

Entre los principales resultados del estudio destaca el aumento del 2 por ciento en las emisiones entre 2007 y 2008; del 29 por ciento entre el 2008 y el 2000; y del 41 por ciento entre 2008 y 1990, el año de referencia del Protocolo de Kyoto.

Además, la investigación muestra que las emisiones de CO2 de los combustibles fósiles han aumentado una media anual del 3,4 por ciento entre 2000 y 2008, en comparación con el 1 por ciento por año en la década de los 90. En lo que se refiere a las emisiones que alcanzan la atmósfera, el aumento ha sido del 40 al 45 por ciento desde 1959, probablemente debido a la respuesta natural de los sumideros de CO2 del planeta.

Otra de las conclusiones que arroja el trabajo es que las emisiones de las economías emergentes como China o India son de más del doble desde 1990. Una cuarta parte del crecimiento en las emisiones de CO2 en los países en desarrollo se derivan del aumento en el comercio internacional en bienes y servicios. (Fonte: EUROPA PRESS)

Agência Senado - 18/11/2009 - Metas para a redução na emissão de carbono devem ser incluídas em lei, defende Marina Silva

A senadora Marina Silva (PT-AC) sugeriu nesta quarta-feira (18) a inclusão da meta voluntária do governo que estabelece percentuais para a redução das emissões de gases do efeito estufa até 2020 no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que se encontra em análise na Câmara dos Deputados e ainda será submetido à análise do Senado.

A sugestão foi feita durante a apresentação, pelo deputado Colbert Martins (PMDB-BA), do relatório de atividades da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), que reúne sugestões e propostas legislativas visando a redução do aquecimento global, as quais deverão ser discutidas e votadas na próxima semana pelo colegiado.

O objetivo da senadora é evitar que a meta anunciada recentemente pelo Executivo vire um "consenso oco". Ela ressaltou que a sua fixação em lei favorecerá o acompanhamento, pela sociedade, dos percentuais definidos pelo governo visando a redução das emissões de carbono.

- Da mesma forma que vamos instituir as metas sociais, e está correto isso, teremos que fazer o mesmo também em relação à agenda de mudanças climáticas - afirmou.

No ultimo dia 13, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a meta de reduzir as emissões de carbono entre 36,1% e 38,9% sobre as estimativas de emissões previstas para 2020. A meta está vinculada a um inventário de emissões que se encontra em elaboração e deverá ser anunciado pelo governo no início de 2010.

A proposta será levada ainda à 15ª Conferencia das Partes ( COP 15) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que se realizará em dezembro em Copenhague, na Dinamarca, para a discussão de medidas de combate ao aquecimento global.

Apoio

A sugestão foi bem recebida pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), que se encontrava na presidência dos trabalhos da comissão. Ele disse que iria encaminhá-la à presidente do colegiado, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), mas advertiu os parlamentares quanto à "falta de consenso" sobre a institucionalização das metas, lembrando de proposta nesse sentido de sua autoria rejeitada na Câmara.

- Sou inteiramente a favor, embora saiba que vamos ter dificuldade em quantificar a meta anunciada. E não se tem número concreto para trabalhar em cima - afirmou.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES), que na reunião defendeu a necessidade de se institucionalizar a meta antes de Marina Silva apresentá-la, avaliou que o governo deu um "passo adiante" dos outros países ao estabelecer percentuais para reduzir a emissão de carbono até 2020.

Casagrande, no entanto, lembrou que a meta não foi discutida com o Congresso Nacional e com a sociedade. Segundo ele, a fixação dos percentuais em lei "daria mais responsabilidade ao Congresso para acompanhar como a meta vai ser cumprida e evitar que ela seja um número jogado ao vento".

- Qual a estrada que vamos seguir para que a gente possa chegar a esse destino em 2020? Tem que ter um roteiro, não pode ser um milagre que vai acontecer - afirmou.

Redução

As ações do governo para a redução das emissões até 2020 prevêem ainda iniciativas nas áreas de uso da terra, agropecuária, energia e siderurgia. As metas determinam 20,9% a menos de emissões de carbono com a redução de 80% no desmatamento da Amazônia, e de menos 3,9% com a redução de 40% no desmatamento do Cerrado.

Para a agropecuária, a proporção de redução varia de 4,9% a 6,1%, com ações que prevêem ações de recuperação de pastos, integração lavoura-pecuária, plantio direto e fixação biológica de nitrogênio.

No setor de energia, a proporção de redução varia de 6,1% a 7,7%, com foco em eficiência energética, incremento no uso de biocombustíveis, expansão da oferta de energia por hidrelétricas e fontes alternativas como, por exemplo, bioeletricidade e energia eólica. Na siderurgia, com redução variando de 0,3% a 0,4%, o foco está na substituição de carvão de desmate por árvores plantadas.

novembro 10, 2009

MEIO AMBIENTE - PETROBRÁS INDENIZA POR POLUIÇÃO.

TJ/RJ - Petrobras terá que pagar R$ 6 milhões a vítimas de pó poluente

A juíza Natacha Tostes de Oliveira, da 2ª vara Cível de Duque de Caxias,
condenou a Petrobras a pagar uma indenização de R$ 6 milhões pelos danos
ambientais causados ao município, em decorrência de vazamento de substância
poluente da Reduc em 2001. A ação civil pública foi impetrada pelo MP do
Estado.

De acordo com o MP, no dia 13 de junho de 2001 um problema técnico no
interior da Reduc, na unidade de craqueamento catalítico, acarretou a
paralisação do sistema, que foi reiniciado. Contudo, novos problemas
aconteceram no dia seguinte, havendo parada total do equipamento no dia 14
de junho, quando ocorreu um vazamento de enormes proporções, liberando
grandes quantidades de substância poluente na atmosfera.

A juíza condenou ainda a Petrobras a indenizar as vítimas do evento
residentes na cidade de Duque de Caxias pelos danos materiais acarretados,
consistentes nos danos à saúde, a serem apurados em liquidação de sentença e
promovidos de forma individual por cada interessado, excluídos aqueles que
já promoveram ações individuais. Os R$ 6 milhões serão recolhidos em favor
do Fundo Especial do MP que gerencia os danos ambientais.

Fonte: ViaSeg e Migalhas Jurídicas

novembro 05, 2009

Europa espera que meta do Brasil de corte de CO2 seja realista


A ideia de reduzir o crescimento das emissões brasileiras de gases do efeito estufa em 40% até 2020 seria recebida como uma meta "ambiciosa" pela União Europeia (UE), segundo o negociador chefe do bloco na Convenção do Clima, Artur Runge-Metzger. Com uma condição: de que a projeção de crescimento no cenário "business as usual" (que prevê o que aconteceria se nada fosse feito para conter as emissões) seja realista.

"Se essa projeção for exagerada, as reduções ficam superestimadas", disse Runge-Metzger, em Barcelona, onde os países signatários da convenção estão reunidos para a última rodada de negociações antes da cúpula climática de Copenhague, no mês que vem.

Esse é justamente um dos pontos cruciais de divergência dentro do governo brasileiro, que ainda não conseguiu chegar a um consenso sobre a proposta que levará a Copenhague. Os cálculos iniciais do Ministério do Meio Ambiente consideravam uma taxa de crescimento da economia de 4% ao ano - o que já é uma projeção otimista, segundo o ministro Carlos Minc. Mas a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, achou pouco e pediu que as contas fossem feitas também com cenários de 5% e 6% de crescimento.

Minc defende a ideia dos 40% de desvio da curva de crescimento das emissões, apoiada por uma redução de 80% no desmatamento da Amazônia. Mas não há consenso sobre isso.

A expectativa era de que a proposta fosse definida terça-feira, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que não aconteceu. Uma nova reunião foi marcada para o dia 14.

O chefe da diplomacia brasileira em Barcelona, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que não está certo ainda como a proposta nacional (uma vez definida) será apresentada à Convenção - se na forma de toneladas de carbono, de um porcentual total de redução ou de um conjunto de ações, não necessariamente atrelado a números. Disse, porém, que a iniciativa brasileira de apresentar um plano doméstico de redução de emissões "deixa claro que o País não fará parte de um fracasso em Copenhague" - caso isso venha a acontecer.

"O fato de o Brasil apresentar um conjunto de ações antes de Copenhague reforça nossa capacidade de cobrar ações também de outros países", afirmou. Ele garantiu que as reduções do País serão "significativas".

O negociador chefe da delegação sueca, Anders Turesson, disse que a postura dos países em desenvolvimento - especialmente do Brasil, da China e da Índia - será "importantíssima" para o futuro climático do planeta. "Os países em desenvolvimento respondem por uma porção enorme das emissões atuais e, no futuro, vão dominar esse cenário", disse. "Suas decisões sobre desenvolvimento vão definir o destino do planeta."

Pelas regras atuais do Protocolo de Kyoto, cujo primeiro período de compromisso termina em 2012, os países em desenvolvimento não têm obrigação de reduzir suas emissões, porque se admite que eles precisarão emitir mais carbono para se desenvolver. Uma das condições impostas pela União Europeia para elevar sua meta doméstica de redução para o segundo período do protocolo, porém, é que os emergentes como Brasil, China e Índia assumam compromissos mais substanciais no controle de suas emissões.

A mesma exigência é feita pelos Estados Unidos e outros países desenvolvidos.

Abaixo do mínimo - Faltando pouco mais de um mês para a conferência de Copenhague (conhecida como COP 15), as propostas de redução apresentadas pelos países desenvolvidos, até agora, ainda estão longe de satisfazer as exigências da ciência e dos países mais pobres, que tendem a sofrer mais com o aquecimento do planeta.

O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), órgão científico internacional que assessora as Nações Unidas no assunto, diz que é preciso uma redução de 25% a 40% das emissões dos países desenvolvidos até 2020 para manter a elevação da temperatura do planeta abaixo de 2 graus Celsius.

Nas negociações em Barcelona, o Grupo dos Países Africanos exige que os ricos se comprometam com uma redução de "no mínimo" 40%. "Qualquer coisa menos do que isso significará nossa destruição", disse o representante do Sudão, Lumumba Di-Aping. Por enquanto, a soma das propostas apresentadas pelos desenvolvidos leva a uma redução de 16% a 23% até 2020, dependendo de uma série de condicionantes. Alguns dizem que elas não chegam nem a 20%.

A União Europeia já aprovou uma lei se comprometendo com uma redução de 20% das emissões do bloco até 2020. E está disposta a aumentar essa meta para 30%, mas só se outras nações desenvolvidas (incluindo os EUA) se comprometerem com "ações comparáveis" no mesmo período. "Precisamos saber o que os outros países vão fazer também antes de fecharmos nosso número", disse Turesson.

A esperança do Brasil, segundo Machado, é que Copenhague resulte em "um acordo robusto, que respeite as recomendações da ciência", com uma redução agregada de 25% a 40% das emissões dos países desenvolvidos, complementada por ações significativas de redução por parte dos países em desenvolvimento. (Fonte: Herton Escobar/ Estadão Online)

Brasil não vai impor suas condições em Copenhague, diz Lula

O Brasil chegará à reunião das Nações Unidas para a discussão do combate às mudanças climáticas, no mês que vem em Copenhague, com uma proposta única do governo para ações, mas "sem querer impor condições" aos outros países, segundo afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (4), durante visita a Londres.

"O Brasil não vai a Copenhague para impor suas condições. O Brasil vai apresentar suas metas com a disposição de construir um consenso com os outros países", afirmou Lula.

Segundo ele, o Brasil já apresentou propostas individuais de combate ao aquecimento, como a meta de reduzir o desmatamento em 80% até 2020, mas ainda deve estudar outras possíveis propostas.

O presidente afirmou que o governo brasileiro deve finalizar na semana que vem, entre os dias 13 e 14, uma posição única "para que não haja dois ministros falando coisas diferentes" durante a reunião.

Presença - Lula se disse disposto a comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), na capital dinamarquesa, desde que outros líderes das grandes nações do mundo também se comprometam a participar da reunião para fechar um acordo de combate ao aquecimento global.

Após um encontro com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, no qual a questão das mudanças climáticas foi discutida, Lula disse ter recebido a garantia de que o premiê estará em Copenhague.

Ele disse esperar que outros líderes mundiais importantes, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ou o presidente da China, Hu Jintao, também estejam presentes na Dinamarca para o fechamento de um acordo internacional.

"Precisamos sobretudo convencer os Estados Unidos, que tentam convencer a China", disse Lula.

Para o presidente, "o pior que poderia acontecer é que a sociedade tivesse a impressão de que os seus líderes não estão assumindo o compromisso com o clima".

Investimentos - Lula está em Londres para uma visita de dois dias com o principal objetivo de atrair mais investimentos estrangeiros ao Brasil.

Na manhã desta quinta-feira, o presidente participa do seminário "Investindo no Brasil", organizado pelos jornais Financial Times, da Grã-Bretanha, e Valor Econômico, do Brasil.

Ao lado do presidente estarão também os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, além dos presidentes do Banco Central e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Nesta quarta-feira à tarde, a comitiva do governo brasileiro em Londres participou da inauguração de um escritório do BNDES na capital britânica.

O objetivo do escritório é ajudar a financiar a expansão no exterior de empresas brasileiras e também investimentos no Brasil por empresas estrangeiras.

Para o presidente, a abertura do primeiro escritório do BNDES no exterior é "a primeira demonstração de que queremos cuidar de nossas empresas no exterior, mas também de que queremos convencer as empresas do exterior a investir no Brasil, ajudando a captar os recursos necessários para os investimentos".

Durante discurso na inauguração, Lula afirmou que "o Brasil cansou de ser pequeno e de pensar pequeno".

"Não tem jeito de o Brasil se tornar uma grande nação se o governo, as empresas e o povo pensarem pequeno", afirmou o presidente.

Para Lula, a candidatura bem sucedida do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016 é um exemplo de como o país deve pensar grande em seus projetos. (Fonte: Estadão Online)

Kilimanjaro sem neve

Ernest Hemingway, Ava Gardner e Gregory Peck perderam a vez para as mudanças climáticas globais. Se fosse hoje, As neves do Kilimanjaro, conto escrito em 1936 pelo autor norte-americano que virou um dos maiores sucessos de bilheteria nos cinemas em 1952, teria, no mínimo, que mudar o título.

O motivo é que as famosas neves no maior monte da África, com 5,8 mil metros, que sempre pareceram eternas, estão desaparecendo. Segundo um estudo que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da Proceedings of the National Academy of Sciences, o gelo no topo poderá desaparecer completamente nas próximas duas décadas.

Lonnie Thompson, da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, e colegas apontam que as temperaturas mais elevadas, em conjunto com as condições mais secas e com menos nuvens, estão contribuindo para a sublimação e o derretimento do gelo no alto da montanha na Tanzânia.

Os pesquisadores combinaram medidas da área congelada obtidas a partir de fotografias aéreas com dados sobre alterações na espessura do manto para determinar em que velocidade o gelo está sumindo.

Segundo eles, a área total coberta pelo gelo encolheu cerca de 85% entre 1912 e 2007. Se as condições climáticas atuais persistirem, o gelo poderá desaparecer em 2022 ou, no melhor dos cenários, em 2033.

Os autores do estudo destacam que embora as neves do Kilimanjaro tenham sobrevivido por 11.700 anos, incluindo secas históricas e alterações climáticas, sem ações de mitigação eficazes as condições atuais poderão não apenas eliminar o gelo na montanha, mas também promover um significativo impacto na vida das comunidades locais na África.

O artigo Glacier loss on Kilimanjaro continues unabated, de Lonnie Thompson e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org. (Fonte: Agência Fapesp)

novembro 04, 2009

Reunião do governo sobre clima acaba sem anúncio de corte de CO2

Uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros para discutir a proposta que o Brasil levará à reunião da ONU sobre clima, em Copenhague, terminou nesta terça-feira (3) sem anúncio de metas de corte nas emissões de gases estufa, um ponto considerado crucial para que se chegue a um acordo entre os países.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou após o encontro que o governo vai anunciar em 14 de novembro as medidas que serão levadas à cúpula da ONU, mas adiantou que não deve haver o anúncio de um número determinado para a meta de redução das emissões brasileiras.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defende uma redução de 40 por cento nas emissões previstas para 2020.

"Serão linhas gerais. Não vamos apresentar os números, vamos apresentar as medidas. Até porque estamos fazendo de forma voluntária, porque achamos que é importante que o Brasil preserve suas características de país sustentável", disse Dilma a jornalistas após a reunião.

Dilma afirmou que o Brasil vai se concentrar nas áreas de agropecuária, energia, siderurgia e na redução de desmatamento em outros biomas, além da Amazônia.

"São essas quatro áreas que vão integrar esse grande esforço do Brasil, que sobretudo vai se constituir em objetivos bem claros que nós vamos explicar e comunicar numa reunião do dia 14 de novembro", disse.

Para o Greenpeace, com a demora em anunciar a resposta brasileira ao desafio climático a ser apresentada em Copenhague o Brasil perde a chance de ocupar uma posição de liderança.

"O país, a menos de dois meses da reunião na Dinamarca, dá um sinal de falta de transparência diplomática, impedindo que os brasileiros e o resto do mundo tomem conhecimento de sua posição, e perde uma oportunidade importante de voltar a ser uma peça-chave nas negociações internacionais", disse o grupo em comunicado.

O país tem uma meta para reduzir desmatamento da Amazônia em 80 por cento, o que representa um corte de emissões do Brasil de 20 por cento em relação à trajetória prevista para 2020.

O desmatamento corresponde a aproximadamente 75 por cento das emissões de dióxido de carbono do país, mas representa somente 52 por cento do total das emissões de gases do efeito estufa, que incluem o metano e o óxido nitroso, mais perigosos.

A expectativa é que a taxa de desmate da Amazônia nos 12 meses até julho deva cair para 9.500 quilômetros quadrados, seu nível mais baixo em 20 anos.

Mais de 190 países se reunirão na capital da Dinamarca entre os dias 7 e 18 de dezembro para negociar um novo acordo, que substituirá o Protocolo de Kyoto, para combater a mudança climática.

Entre as principais divergências estão os objetivos de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e como levantar bilhões de dólares para ajudar os países pobres a lidar com o impacto do aquecimento global. (Fonte: Estadão Online).

Minc diz que proposta brasileira será a mais avançada entre os países em desenvolvimento

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a proposta brasileira para a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro, só vai ser divulgada no dia 14 de novembro. Segundo o ministro, o adiamento da apresentação da proposta, que estava prevista para esta terça-feira (3), ocorreu na tentativa de aprimorá-la. “Não houve recuo, a proposta vai ser forte e a meta vai ser a mais avançada entre todos os países em desenvolvimento”, disse o ministro.

Minc falou sobre o adiamento do anúncio da posição brasileira, durante a abertura da 1ª Mostra Nacional Ambiental: Caminhos da Sustentabilidade. O evento comemora os 20 anos de existência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

A exposição que ocorre até sábado em Brasília, na sede do Ibama, tem, logo na entrada, uma tora de castanheira, com cerca de 15 toneladas que foi derrubada ilegalmente em Novo Mundo, Mato Grosso e apreendida pelo Ibama. O técnico do Serviço Florestal Brasileiro, Gerson Sternadt, que mediu a madeira, informou que a castanheira tinha cerca de 40 metros de altura e mais de 250 anos.

“O Brasil não seria o mesmo sem o Ibama”, afirmou o ministro, comentando a importância da associação com o instituto, quando se trata de crimes ambientais. (Fonte: Radiobrás)

ONU elogia ação da China sobre clima

País que mais emite gases-estufa, a China ganhou na segunda-feira (2) rasgado elogio do homem da ONU para assuntos climáticos.

"A China é hoje líder mundial na limitação às emissões dos gases-estufa", afirmou o holandês Yvo de Boer na abertura da última reunião preparatória para a conferência do clima de Copenhague.

O representante americano no encontro de Barcelona não discordou, mas emendou uma canelada nos anfitriões. "A visão de que os EUA não estão se esforçando não é correta. Estamos fazendo mais do que a União Europeia", disse Jonathan Pershing.

Os europeus jogaram no mesmo campo, embora com mais sutileza. "Outros países desenvolvidos deveriam demonstrar sua liderança", declarou o sueco Andreas Carlgren, ministro do Ambiente.

Os EUA não se comprometeram até agora com nenhum número nos dois assuntos que mais importam na discussão diplomática: quanto vão cortar nas emissões de gases até 2020 (prazo final utilizado nas negociações atuais) e quanto dinheiro colocarão para financiar ações contra o aquecimento global.

Tanto o chefe da ONU quanto o representante americano fizeram questão de dizer que veem grandes diferenças entre a situação dos EUA agora e a que o país tinha em 1997, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto, primeiro tratado global do clima.

Na época de Kyoto, a Casa Branca, então comandada por Bill Clinton, não tinha o apoio necessário no Congresso. "Havia uma grande desconexão entre a delegação dos EUA e o sentimento no Senado", afirmou De Boer.

A pressão sobre os EUA surgiu também em evento de ONGs brasileiras em Barcelona. "Não se vai resolver o problema se o cara não aparecer [em Copenhague]. E o cara não é o Lula. É o Obama. Ele pode fazer a diferença, e não está fazendo", disse Paulo Adário, do Greenpeace. (Fonte: Roberto Dias/ Folha Online)

Países africanos boicotam reunião sobre efeito estufa

Nações africanas boicotaram reuniões nas conversações desta terça-feira (3) sobre a mudança climática patrocinadas pelas nações Unidas em Barcelona. Os africanos dizem que os países industrializados estão assumindo metas muito baixas de corte dos gases causadores do efeito estufa.

A ação forçou o cancelamento de diversas reuniões técnicas durante a semana de discussões. Delegados advertiram que, a menos que o protesto africano seja resolvido, haverá atrasos no cronograma para o novo acordo das Nações Unidas sobre a mudança climática, que deve ser firmado na Dinamarca no início de dezembro.

Cerca de 50 nações africanas afirmam que só discutirão promessas feitas por países ricos, e que as conversações sobre outros temas, incluindo compensações por emissão de carbono e a colaboração dos países pobres, só deve avançar depois de um compromisso definido das nações industrializadas.

"Não acho que conseguiremos resultados do jeito que estamos indo agora", disse o negociador argelino Kamel Djemouai, que preside o grupo africano. "Não podemos prejulgar o que acontecerá depois antes de vermos a reação dos demais".

Esta é a primeira vez em que os africanos adotam uma ação coordenada nas conversações das Nações Unidas sobre clima, mas eles vêm ajustando sua posição ao longo do último ano, para garantir uma posição de unidade na escalada para a reunião de Copenhague, disse Antonio Hill, da Oxfam Internacional.

O boicote africano inviabilizou apenas parte das negociações em curso, que operam em duas fases paralelas. As conversações sobre a forma geral de um acordo para o financiamento dos países pobres continuaram sem interrupção.

Um grupo maior, de 130 nações em desenvolvimento, apoiou a ação da ala africana, com o objetivo de "focar o pensamento" dos países desenvolvidos na questão mais importante, disse o representante sudanês Lumumba De-Aping. Ele lembrou que boicotes são uma tática comum de negociação, e não representam, necessariamente, o fracasso do debate. (Fonte: Estadão Online)

novembro 02, 2009

Convocatoria: ¿Qué hacer con los residuos sólidos urbanos?


La Municipalidad de La Plata recibirá hasta el 11 de diciembre proyectos integrales medioambientales para ser aplicados en nuestra Ciudad.

La Plata, lunes 02 de noviembre de 2009. A través de la Agencia Ambiental, la Municipalidad de La Plata invita a empresas de categorías y particulares a presentar proyectos sobre residuos sólidos urbanos.

La convocatoria está enmarcada en el Programa de Gestión Integral Responsable de Residuos Sólidos -Ordenanza 10.539/ 09-. Los proyectos serán recibidos hasta el 11 de diciembre. El objetivo es poner a la práctica alguna de las iniciativas propuestas.

Las condiciones para la presentación de las propuestas son las siguientes:

• Que promuevan el reciclaje y reducción de la basura.

• Que impulsen la utilización económica de la basura, como por ejemplo a través de la generación de biogas, compost o energía eléctrica.

• Que minimicen el vuelco de residuos en rellenos sanitarios.

El programa tiene como fin asegurar el correcto tratamiento de residuos sólidos urbanos y/o que genere y desarrolle proyectos de mitigación y conservación medioambiental, requiriendo la conformación de medidas operativas para el buen procedimiento de las mismas.

Vale mencionar que la Municipalidad de La Plata asumió el concepto de "Basura Cero" como principio para esa problemática en la ciudad, por medio de la adopción de medidas orientadas a la reducción en la generación de residuos, la separación selectiva, la recuperación y el reciclado.

Los participantes deberán acercar los proyectos a la Agencia Ambiental, ubicada en el Palacio Municipal, calle 12 entre 51 y 53, de lunes a viernes de 9 a 12. (Portal Contacto Político)


Temperatura global sobe 'mais rápido que o previsto', alerta economista


Se a temperatura média do planeta subir 3 graus centígrados, as condições climatológicas serão como as de 3 milhões de anos atrás, com flora e fauna completamente diferentes das que agora conhecemos, mas se o aumento for de 6 graus, a humanidade sofrerá "um colapso" e desaparecerá em 30 ou 40 anos.

Esse foi o alerta feito nesta quarta-feira (28) pelo economista americano Jeremy Rifkin, que já trabalhou como assessor do ex-presidente americano Bill Clinton e do ex-candidato à presidência dos EUA, Al Gore.

Por meio de videoconferência, Rifkin falou sobre o assunto nesta quarta-feira em um evento realizado em Madri (Espanha) sobre reciclagem energética.

O economista e escritor afirmou ainda que todas as previsões realizadas pelos cientistas em 2001 tornaram-se obsoletas, e que a mudança climática acontecerá de forma "infinitamente" mais rápida do que se pensava antes.

"Esperávamos o degelo do Ártico para o fim do século, e o desaparecimento da camada de gelo das montanhas para o próximo século, mas as duas coisas estão acontecendo agora", disse.

Rifkin acrescentou ainda que as pessoas "continuam a não ter a consciência do que isso significa: o fim do mundo como o conhecemos".

"Cada grau a mais na temperatura fará com que as chuvas sejam mais intensas e as secas mais prolongadas, e essas mudanças ocorrerão em apenas duas gerações, entre nós e nossos netos", advertiu.

Esperávamos o degelo do Ártico para o fim do século, e o desaparecimento da camada de gelo das montanhas para o próximo século, mas as duas coisas estão acontecendo agora"
Para o economista, esses efeitos são o resultado de um modelo econômico que está baseado em combustíveis fósseis que estão se esgotando e encarecendo.

"Quando o barril de petróleo superou os US$ 147, a economia mundial entrou em crise, porque essa supervalorização foi repassada aos preços dos produtos. A inflação foi tão elevada que o motor econômico da globalização parou. Seis dias depois, a oferta de crédito caiu como consequência", disse.

Nova revolução industrial

Ainda de acordo com Rifkin, chegou a hora de promover "a terceira revolução industrial", por meio de um novo modelo econômico que será a "única solução para a crise e a mudança climática"

A nova fórmula, segundo o economista, consiste em utilizar as energias renováveis "onde estiverem" e "criar uma rede integrada para compartilhá-la como já fazemos com a informação na internet", algo que "para uma geração que cresceu com as redes sociais e a sociedade da informação, não será difícil".

Rifkin explicou que o modelo não consiste em criar parques eólicos ou solares que depois tenham que distribuir essa energia, mas em construir edifícios capazes de captar a energia solar e a eólica, e de transformar seus resíduos em mais energia.

Com isso, garantiu, "pela primeira vez o grande beneficiado pode ser o Terceiro Mundo", porque o "regime econômico e energético deixará de ser insustentável e elitista", passando a ser "democrático."
(Fonte: EFE / G1)


Dupla inventa filtro para capturar CO2 de indústria

Dois químicos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) se uniram a uma empresa para dar um drible no risco representado pelo dióxido de carbono, gás que é o principal responsável pelo aquecimento global. Esferas de cerâmica desenvolvidas pela dupla têm potencial para filtrar a substância nas chaminés das fábricas e transformá-la em insumo industrial, dizem eles.

Por enquanto, a invenção, que deve ser objeto de uma patente internacional, mostrou ser capaz de sequestrar 40% do gás carbônico emitido pela queima de combustíveis. Na segunda fase da pesquisa, recém-iniciada, a intenção é melhorar esse potencial "filtrador" de CO2 (fórmula química da substância) para algo como 60%.

A nova fase do projeto deve mobilizar recursos da ordem de R$ 2,3 milhões, divididos de forma mais ou menos igual entre fundos públicos (da UFMG, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior mineira) e privados (da empresa Amatech).

Tomando a iniciativa - Aliás, num raro caso de interação entre a pesquisa universitária e o setor empresarial no país, foi o pessoal da Amatech que procurou a dupla da UFMG. "Eles vieram falar com a gente, mas ficou claro que a ideia original deles não era viável", conta Jadson Belchior, que toca o projeto ao lado de Geraldo Lima. "Eles queriam usar um material pastoso que seria complicado de trabalhar."

Belchior e Lima puseram-se a imaginar uma maneira de filtrar o CO2 com um material sólido, chegando às esferas de cerâmica, cuja composição química exata não pode ser mencionada ainda por causa da necessidade de conseguir a proteção da patente antes.

Eles revelam, porém, que é a estrutura microscópica das esferas que interage com o gás, fazendo com que este se combine à cerâmica (veja o quadro abaixo). "Nos experimentos, as esferas, que pesavam 10 gramas, passam a ter 14 gramas", conta Belchior.

Ainda é preciso encontrar a melhor maneira de integrar as estruturas ao sistema de exaustão de uma indústria, por exemplo. O pesquisador da UFMG diz que uma analogia com tocadores de CDs pode ser útil. "Poderíamos usar algo parecido com aqueles tocadores que possuem espaço para três CDs, já que depois de um tempo a esfera perde a capacidade de absorver gás carbônico", diz.

Uma vez que a "gaveta" esteja cheia, o CO2 pode ser extraído das esferas por calor ou por reações químicas, permitindo sua a reutilização e a reciclagem da substância como insumo para indústrias como a de refrigerantes, cujas borbulhas nada mais são que gás carbônico. Isso aumentaria a viabilidade econômica do processo.

Hoje, o pico de eficiência da reação ocorre a cerca de 600ºC. Como diferentes indústrias - e diferentes tipos de exaustão - correspondem a temperaturas variadas, a ideia é ampliar a faixa de calor na qual a reação é otimizada. (Fonte: Reinaldo José Lopes/ Folha Online)

novembro 01, 2009

Impacto do metano no clima é maior do que se pensava, segundo estudo

O efeito do gás metano no processo do aquecimento global foi subestimado, segundo um estudo realizado por cientistas americanos que sugere que os modelos e os controles atuais das emissões deveriam ser revisados.

O professor Drew Shindell, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (agência espacial americana), dirigiu o estudo, cuja conclusão principal é que o impacto do metano na temperatura global é 30% maior do que se pensava até o momento.

O problema, segundo Shindell, é que as estimativas feitas até agora não levaram em conta a interação do metano com os aerossóis.

Quando este efeito indireto é incluído, uma tonelada de metano multiplica por 33 - e não por 25 como se pensava - o efeito do aquecimento da atmosfera que tem uma tonelada de dióxido de carbono (CO2), em um período de 100 anos.

Em declarações ao jornal britânico "The Times", o cientista ressaltou a importância de adotar medidas que permitam frear as emissões de metano, procedentes principalmente da pecuária, do cultivo de arroz e das explorações de carvão e de gás natural.

Para as mudanças do clima a longo prazo, é impossível prever os efeitos do CO2""
Calcula-se que o metano é o segundo gás que agrava o efeito estufa com maior impacto no aquecimento global, atrás do CO2, e responsável por um quinto do aumento das temperaturas.

A vantagem sobre as emissões de CO2 é que o metano se decompõe muito mais facilmente, por isso o efeito das medidas para combatê-lo seria notado com maior rapidez.

Shindell ressaltou que este tema deve ter uma grande importância na cúpula das Nações Unidas sobre o clima, que será realizada em Copenhague em dezembro.

"Para as mudanças do clima a longo prazo, é impossível prever os efeitos do CO2. É o problema principal e dura centenas de anos, mas se tivéssemos um esforço voltado a fazer frente a outros gases poderíamos ter um impacto muito grande a curto prazo", disse o cientista da Nasa, ao "The Times".

Shindell teve sua pesquisa publicada na revista "Science", em um artigo no qual também sugere a possibilidade de que as previsões sobre os efeitos da mudança climática sejam otimistas demais.

O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, publicado em 2007, estima que a temperatura do planeta aumentará entre 1,1 e 6,4 graus Celsius neste século.
(Fonte: EFE / G1)

UE fecha acordo limitado para ajudar países pobres em aquecimento

Os líderes da União Europeia (UE) acertaram nesta sexta-feira (30) um acordo de ajuda aos países pobres para que se adaptem à mudança climática, sem dar cifras sobre sua contribuição financeira, num ponto-chave para o sucesso da conferência da ONU em Copenhague.

Ao término de uma reunião de cúpula de dois dias em Bruxelas, os 27 países do bloco avaliaram em 100 bilhões de euros anuais (US$ 147 bilhões) a soma necessária até 2020 para ajudar as nações em desenvolvimento a enfrentar e se adaptar aos efeitos do aquecimento do planeta.

A UE propõe três fontes de financiamento para reunir esta quantia: os próprios países pobres --uma proposta à qual resistem os emergentes como o Brasil--, o mercado internacional de carbono, e as nações industrializadas junto a instituições internaiconais, que poderiam contribuir com a metade da cifra.

Os especialistas acreditam que um compromisso neste sentido é determinante para que o acordo resultante da conferência de Copenhague, centrada em reduzir as emissões de CO2 e evitar que o aquecimento planetário exceda os 2 graus Celsius, seja possível.

Dinheiro

Mas os dirigentes europeus fracassaram em sua tentativa de fornecer a soma que doarão ao montante global, limitando-se a enfatizar que a UE "está disposta a assumir sua parte justa no esforço mundial".

Os europeus foram os primeiros a apresentar ao mundo seus compromissos de redução de emissões de CO2, 20% a menos até 2020 em relação aos níveis de 1990, e estão dispostos a elevar essa cifra a 30% se as demais nações desenvolvidas aderirem ao acordo.

O otimismo em relação à decisão de hoje contrasta com o ceticismo de algumas pessoas: "Ninguém quer pagar por Copenhague. Vocês conhecem algum chinês que quer fazer isso? Só a UE quer pagar", ironizou o ministro polonês de Assuntos Europeus, Mikolaj Dowgielewicz. (Fonte: France Presse / Folha Online)